Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! – Isaías 6:5

Em Isaías 6, o profeta tem a visão do Senhor em Sua glória. Ele fica aterrorizado, e Deus confirma seu chamado. O profeta apresenta a obstinação do povo e sua consequente ruína. Mas, avisa que um remanescente, uns poucos, será salvo. Nesse tempo Uzias, rei de Judá, era o líder da resistência contra a agressão assíria ente os países da região mediterrânea da Ásia. Com a sua morte, em 740 a.C., surgiu a dúvida: “qual seria o destino de Judá?  Por causa de seus pecados, o professo povo de Deus tinha perdido a proteção divina”.

A purificação e o chamado de Isaías (v.1-13):

No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor assentado num trono alto e exaltado, e a borda de seu manto, enchia o templo. Acima dele estavam serafins (anjos que servem na presença de Deus); cada um deles tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés, e com duas voavam. E proclamavam uns aos outros: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, a terra inteira está cheia da sua glória”. (Isaías deveria saber que a despeito do poder da Assíria, Deus é supremo e está no controle de tudo).

Ao som das suas vozes os batentes das portas tremeram, e o templo ficou cheio de fumaça. Então gritei: “Ai de mim! Estou perdido! É o meu fim, pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” Então um dos serafins voou até mim trazendo uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma tenaz. Com ela tocou a minha boca e disse: “Veja, isto tocou os seus lábios; por isso, a sua culpa foi removida, e os seus pecado foram perdoados”.

Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: “Quem enviarei? Quem irá por nós à esse povo? ” E eu respondi: “Eis-me aqui. Envia-me! “. Ele disse: “Vá, e diga a este povo: Ouçam com atenção, mas não entendam; observem bem, mas não aprendam. Torne insensível, endureça o coração desse povo; torne surdos os ouvidos deles e feche os seus olhos. Que eles não vejam com os olhos, não ouçam com os ouvidos, e não entendam com o coração, para que não se convertam e sejam curados” (A percepção espiritual de Israel estava tão obscurecida que eles seriam incapazes de ouvir até as mais comoventes mensagens enviados pelo Céu).

Então eu perguntei: “Até quando isso vai durar, Senhor? ” E ele respondeu: “Até que as cidades estejam em ruínas e sem habitantes, até que as casas fiquem abandonadas e os campos estejam totalmente devastados, até que o Senhor tenha enviado todos para longe, para o exílio, e a terra esteja totalmente desolada. E ainda que um décimo deles sobreviva e fique no país, um remanescente, esses também serão destruídos. Mas, assim como o terebinto e o carvalho deixam um toco quando derrubados, o toco de Israel será uma semente santa”.

Embora a terra fosse deixada desolada por completo, isso não significaria o fim de Israel como nação. Ela se levantaria outra vez. O quadro é de um povo que persiste na perversidade, cego e surdo às mensagens divinas até que seja levado para o cativeiro. No toco restaria vida que, ao final, produziria novamente e se tornaria uma nova árvore. Desta “santa semente” surgiria um Israel novo e glorioso.

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