Durante 23 anos, desde o 13o. ano de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até hoje, o Senhor me tem dado suas mensagens. Eu as anunciei fielmente, mas vocês não ouviram. Jeremias 25:3

Em Jeremias 25 o profeta reprova a desobediência dos judeus aos profetas, prevê 70 anos de cativeiro e, depois disso, a destruição de Babilônia. Tomando como símbolo um cálice de vinho, ele prediz a destruição de todas as nações, e termina falando sobre o uivo dos pastores. Este capítulo apresenta um paralelo com Apocalipse 16-19, onde a Babilônia mística será castigada.

Vinte e três anos de pregação de Jeremias (v.1-7):
A palavra veio a Jeremias a respeito de todo o povo de Judá no 4o, ano de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, que foi o 1o. ano de Nabucodonosor, rei da Babilônia. O que o profeta Jeremias anunciou a todo o povo de Judá e aos habitantes de Jerusalém foi isto: Durante vinte e três anos a palavra do Senhor tem vindo a mim, desde o 13o. ano de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até hoje. E eu a tenho anunciado a vocês, dia após dia, mas vocês não me deram ouvidos.
Embora o Senhor tenha enviado a vocês os seus servos, os profetas, dia após dia, vocês não os ouviram nem lhes deram atenção quando lhes disseram: “Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês”.
“Mas vocês não me deram ouvidos e me provocaram à ira com os ídolos que vocês fizeram, trazendo desgraça sobre si mesmos”, declara o Senhor.
Setenta anos de cativeiro (v.8-14):
Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos: “Visto que vocês não ouviram as minhas palavras, convocarei todos os povos do norte e o meu servo Nabucodonosor, rei da Babilônia, e os trarei para atacar esta terra, os seus habitantes e todas as nações ao redor. Eu os destruirei completamente e os farei um objeto de pavor e de zombaria, e uma ruína permanente. Darei fim às vozes de júbilo e de alegria, às vozes do noivo e da noiva, o som das pedras de moinho se calarão e à luz das candeias de suas casas se apagarão. Toda esta terra se tornará uma ruína desolada, e essas nações estarão sujeitas ao rei da Babilônia durante setenta anos”.
“Quando se completarem os setenta anos, castigarei o rei da Babilônia e a sua nação, a terra dos babilônios, por causa de suas iniquidades, e a deixarei arrasada para sempre. Cumprirei naquela terra tudo o que falei contra ela, tudo o que está escrito neste livro e que Jeremias profetizou contra todas as nações. Porque os próprios babilônios serão escravizados por muitas nações e grandes reis; eu lhes retribuirei conforme as suas ações e as suas obras”.
O cálice da ira do Senhor (v.15-26):
Assim me disse o Senhor, o Deus de Israel: Pegue de minha mão este cálice com o vinho da minha ira e faça com que bebam dele todas as nações a quem eu o envio. Quando o beberem, ficarão cambaleando, enlouquecidas por causa da espada que enviarei contra elas.
Então peguei o cálice da mão do Senhor, e fiz com que dele bebessem todas as nações às quais o Senhor me enviou: Fui a Jerusalém e as cidades de Judá, seus reis e seus líderes, para fazer deles uma desolação e um objeto de pavor, zombaria e maldição, como hoje acontece; dei o cálice ao faraó, o rei do Egito, seus conselheiros e seus líderes, todo o seu povo, e todos os estrangeiros que lá residem; à todos os reis de Uz; dos filisteus: de Ascalom, Gaza, Ecrom e o povo que restou em Asdode; Edom, Moabe e os amonitas, aos reis de Tiro e de Sidom; das ilhas e das terras de além-mar; Dedã, Temá, Buz e todos os que rapam a cabeça; e aos reis da Arábia e dos estrangeiros que vivem no deserto; à todos os reis de Zinri, de Elão e da Média; e aos reis do norte, próximos ou distantes, um após outro; e à todos os reinos da face da terra. E, por fim, ao rei de Sesaque (Babilônia) beberá do cálice.
Os castigos do Senhor (v.27-38):
A seguir diga-lhes: Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: “Bebam, embriaguem-se, vomitem, caiam e não mais se levantem, por causa da espada que envio no meio de vocês. Mas se eles se recusarem a beber, diga-lhes: ‘Vocês vão bebê-lo! Começo a trazer desgraça sobre a cidade que leva o meu nome; e vocês sairiam impunes? De maneira alguma ficarão sem castigo! Estou trazendo a espada contra todos os habitantes da terra'”. E você, profetize todas estas palavras contra eles, dizendo: “O Senhor rugirá contra a Sua terra de sua santa morada. Ele grita como os que pisam as uvas; grita contra todos os habitantes da terra. Um tumulto ressoa até os confins da terra, pois o Senhor faz acusações contra as nações, e julga toda a humanidade: ele entregará os ímpios à espada”.
“Vejam! A desgraça está se espalhando de nação em nação; uma terrível tempestade se levanta desde os confins da terra”. Naquele dia, os mortos pelo Senhor estarão em todo lugar, de um lado ao outro da terra. Ninguém pranteará por eles, e não serão recolhidos e sepultados, mas servirão de esterco sobre o solo. Lamentem-se e gritem, pastores! Rolem no pó, chefes do rebanho! Porque chegou o dia da matança e da sua dispersão; vocês cairão e serão esmigalhados como vasos finos. Não haverá refúgio para os pastores nem escapatória para os chefes do rebanho. Ouvem-se os gritos dos pastores e o lamento dos chefes do rebanho, pois o Senhor está destruindo as pastagens deles. Os pastos tranquilos estão devastados por causa do fogo da ira do Senhor. Como um leão, ele saiu de sua toca; a terra deles ficou devastada, por causa da espada do inimigo e da ira ardente do Senhor.

Durante muitos anos, o profeta Jeremias clamou ao povo para que se arrependessem, mas eles ignoraram o seu clamor, e também a Palavra do próprio Deus, que tentou salvá-los até o ultimo minuto. A indiferença do povo se repetirá nos tempos finais, próximo a volta de Jesus. O clamor será ignorado pela grande maioria das pessoas. Por isso que Cristo disse que “muitos são chamados, mas poucos são escolhidos”. 

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