Bem pode ser que ouçam e se convertam, cada um do seu mau caminho; então, me arrependerei do mal que intento fazer-lhes por causa da maldade das suas ações. Jeremias 26:3

Em Jeremias 26 o profeta, por meio de promessas e ameaças, exorta ao arrependimento. Ele é preso por isso e acusado. Sua defesa é feita através dos príncipes. Ele é posto em liberdade pelo exemplo de Miqueias e Urias, por influência de Aicão, que o protegeu.

Jeremias fala ao povo (v.1-6):
No início do reinado de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, veio esta palavra da parte do Senhor ao profeta Jeremias: Assim diz o Senhor: Coloque-se no pátio do templo do Senhor e fale a todo o povo das cidades de Judá que vem para adorar no templo. Diga-lhes tudo o que eu lhe ordenar; não omita uma só palavra. Talvez eles escutem e abandonem os seus maus caminhos. Então eu me arrependerei e não trarei sobre eles a desgraça que estou planejando por causa de seus pecados. 
Diga-lhes: “Se vocês não me escutarem nem seguirem a minha lei, que lhes dei, e se não ouvirem as palavras dos meus servos, os profetas, os quais tenho enviado a vocês vez após vez, embora vocês não quiseram ouvir, então destruirei este templo como destrui a cidade de Siló. Farei de Jerusalém um objeto de maldição entre todas as nações da terra.
Jeremias é ameaçado de morte (v.7-9):
Os sacerdotes, os profetas e todo o povo ouviram Jeremias falar essas palavras no templo do Senhor. E assim que Jeremias acabou de dizer tudo o que o Senhor lhe tinha ordenado, os sacerdotes, os profetas e todo o povo o prenderam e disseram: Você certamente morrerá! Por que você profetiza em nome do Senhor e afirma que este templo será como Siló e que esta cidade ficará arrasada e abandonada? E todo o povo se ajuntou em volta de Jeremias no templo do Senhor.
O julgamento de Jeremias (10-15):
Quando os líderes de Judá souberam disso, foram do palácio real até o templo do Senhor e se assentaram para julgar, à entrada da porta Nova. E os sacerdotes e os profetas disseram aos líderes e a todo o povo: “Este homem deve ser condenado à morte porque profetizou contra esta cidade. Vocês o ouviram com os seus próprios ouvi­dos!” 
Disse então Jeremias a todos os líderes e a todo o povo: O Senhor enviou-me para profetizar contra este templo e contra esta cidade tudo o que vocês ouviram. Corrijam a sua conduta e ações e obedeçam ao Senhor. Então Ele se arrependerá da desgraça que pronunciou contra vocês. Quanto a mim, estou nas mãos de vocês; façam comigo o que acharem bom e certo. Entretanto, saibam que, se me matarem, vocês, esta cidade e os seus habitantes serão responsáveis por derramar sangue inocente, pois, na verdade, o Senhor enviou-me a vocês para anunciar-lhes essas palavras.
Relembrando exemplos anteriores (v.16-24):
Então os líderes e todo o povo disseram aos sacerdotes e aos profetas: “Este homem não deve ser condenado à morte! Ele nos falou em nome do Senhor, do nosso Deus”. Alguns dos líderes se levanta­ram e disseram a toda a assembléia do povo: “Vocês se lembram de Miquéias, de Moresete, que profetizou nos dias de Ezequias, rei de Judá, dizendo a todo o povo: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Sião será arada como um campo. Jerusalém se tornará um monte de entulho, a colina do templo, um monte coberto de mato”. “Acaso Ezequias, rei de Judá, ou al­guém do povo de Judá o matou porque disse isso? Ezequias não temeu o Senhor e não buscou o seu favor? E o Senhor não voltou atrás  da desgraça que pronunciara contra eles? Estamos a ponto de trazer uma terrível desgraça sobre nós!” 
Outro homem que profetizou em nome do Senhor foi Urias, filho de Semaías, de Quiriate-Jearim. Ele profetizou contra esta cidade e contra esta terra as mesmas coisas anunciadas por Jeremias. Quando o rei Jeoaquim e todos os seus homens de guerra e seus oficiais ouviram isso, planejaram matá-lo. Sabendo disso, Urias teve medo e fugiu para o Egito.  Mas o rei Jeoaquim mandou Elnatã, filho de Acbor, e com ele alguns homens, ao Egito e trouxeram Urias e o levaram ao rei Jeoaquim, que o mandou matar à espada. Depois, jogaram o corpo dele numa vala comum”. Mas, apesar de tudo isso, Aicam, filho de Safã, protegeu Jeremias e convenceu o tribuna a não o entregar ao povo para ser executado.

É interessante notar a autoridade com que Jeremias expunha as orientações de Deus, sem medo das possíveis retaliações, inclusive a pena de morte que os sacerdotes queriam impor-lhe por falar a verdade. A providência divina é manifesta quando os príncipes falam ao povo sobre Miquéias e Urias, outros dois profetas que falaram com audácia. O rei Ezequias ouviu a Miquéias e acatou as suas orientações e o povo teve mais alguns anos de paz. Mas o rei Jeoaquim, mandou matar Urias, e acabou indo para o cativeiro. Jeremias, mesmo diante das ameaças ainda disse: “Quanto a mim, estou nas mãos de vocês; façam comigo o que acharem bom e certo. Mas, se me matarem, serão responsáveis por derramar sangue inocente. Como é bom confiar no Senhor sempre.

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