Uma coisa espantosa e horrível acontece nesta terra: Os profetas profetizam mentiras, os sacerdotes governam por sua própria autoridade, e o meu povo gosta dessas coisas. Mas o que vocês farão quando tudo isso chegar ao fim? – Jeremias 5:30-31

Em Jeremias 5, o profeta fala sobre os juízos de Deus sobre Judá por causa da perversidade, do adultério, da impiedade, do desprezo a Deus e da corrupção no estado civil e eclesiástico.

A indiferença de Judá (v.1-9):
Percorram as ruas de Jerusalém, olhem e observem. Procurem em suas praças para ver se podem encontrar alguém que aja com honestidade e que busque a verdade, vejam a corrupção moral a que chegou este povo. Se acharem um, então eu perdoarei a cidade. Embora digam: “Juro pelo nome do Senhor”, ainda assim estão jurando falsamente. Senhor, não é fidelidade que os teus olhos procuram? Tu os feriste, mas eles nada sentiram; tu os deixaste esgotados, mas eles recusaram a correção. Endureceram o rosto mais que a rocha, e recusaram arrepender-se.
Pensei: Eles são apenas pobres e ignorantes, não conhecem o caminho do Senhor, as exigências do seu Deus (imaginava que somente os  pobres eram depravados). Irei aos nobres e falarei com eles, pois, sem dúvida, eles conhecem o caminho do Senhor, as exigências do seu Deus. Mas todos eles também quebraram o jugo e romperam as amarras. Por isso, um leão da floresta os atacará, um lobo da estepe os arrasará, um leopardo ficará à espreita, nos arredores das suas cidades, para despedaçar qualquer pessoa que delas sair. Porque a rebeldia deles é grande e muitos são os seus desvios.
“Por que deveria eu perdoar-lhe isso?” “Seus filhos me abandonaram e juraram por aqueles que não são deuses. Embora eu tenha suprido as suas necessidades, eles cometeram adultério (literal e espiritual) e frequentaram as casas de prostituição (templo dos ídolos falsos). Eles são garanhões bem-alimentados e excitados, cada um relinchando para a mulher do próximo. Não devo eu castigá-los por isso?”, pergunta o Senhor. “Não devo eu vingar-me de uma nação como esta?
Castigo sobre o povo (v.10-19):
Vão por entre as suas vinhas e destruam-nas, mas não acabem totalmente com elas (remanescentes). Cortem os seus ramos, pois eles não pertencem ao Senhor. Porque a comunidade de Israel e a de Judá têm me traído, declara o Senhor. Mentiram acerca do Senhor, dizendo: Ele não vai fazer nada! Nenhum mal nos acontecerá; jamais veremos espada ou fome. Os profetas não passam de vento, e a palavra não está neles; por isso aconteça com eles o que dizem.
Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos: Porque falaram essas palavras, farei com que as minhas palavras em sua boca (de Jeremias) sejam fogo, e este povo seja a lenha que o fogo consome. Ó comunidade de Israel”, declara o Senhor, “estou trazendo de longe uma nação para atacá-la: uma nação muito antiga e invencível, uma nação cuja língua você não conhece e cuja fala você não entende (aramaico). Sua aljava é como um túmulo aberto; toda ela é composta de guerreiros. Devorarão as suas colheitas e os seus alimentos; os seus filhos e filhas; as suas ovelhas e bois; as suas videiras e figueiras. Destruirão ao fio da espada as cidades fortificadas nas quais vocês confiam.
Contudo, mesmo naqueles dias não os destruirei completamente (deixarei um remanescente)”, declara o Senhor. E, quando perguntarem: “Por que o Senhor, o nosso Deus, fez isso conosco?”, você lhes dirá: Assim como vocês me abandonaram e serviram deuses estrangeiros em sua própria terra, também agora vocês servirão estrangeiros numa terra que não é de vocês.
Advertência para Israel e Judá (v.20-31):
Anunciem isto à comunidade de Jacó e proclamem-no em Judá: Ouçam isto, vocês, povo tolo e insensato, que têm olhos, mas não vêem, têm ouvidos, mas não ouvem: Acaso vocês não me te­mem?”, pergunta o Senhor. “Não tremem diante da minha presença? Porque fui eu que fiz da areia um limite para o mar, um decreto eterno que ele não pode ultrapassar. As ondas podem quebrar, mas não podem prevalecer, podem bramir, mas não podem ultrapassá-lo. Mas seu coração é obstinado e rebelde; se afastaram e foram embora. Não dizem no seu íntimo: “Temamos o Senhor, o nosso Deus: aquele que dá as chuvas do outono e da primavera no tempo certo, e nos assegura as semanas certas da colheita”. Seus pecados de vocês têm afastado essas coisas; os têm privado desses bens.
Há ímpios no meio do meu povo: homens que ficam à espreita como num esconderijo de caçadores de pássaros; preparam armadilhas para capturar gente. Suas casas estão cheias de engano, como gaiolas cheias de pássaros. E assim eles se tornaram poderosos e ricos, estão gordos e bem-alimentados. Não há limites para as suas obras más. Não se empenham pela causa do órfão, nem defendem os direitos do pobre. Não devo eu castigá-los?”, pergunta o Senhor. “Não devo eu vingar-me de uma nação como essa? Uma coisa espantosa e horrível acontece nesta terra: Os profetas profetizam mentiras, os sacerdotes governam por sua própria autoridade, e o meu povo gosta dessas coisas (o povo se deixou induzir ao erro). Mas o que farão quando o fim chegar?

O mar e as ondas obedecem ao grande Soberano do Universo, mas os homens se recusam a ser fiéis. Colocaram sua vontade contra a de Deus. Revoltaram-se contra a Sua lei e Seu serviço e O desafiaram. Nem a temível grandeza do poder de Deus, nem a bondade infinita de Suas obras, moveram Judá ao temor piedoso e santa reverência. Deus tem demonstrado o Seu amor para conosco. Qual será a nossa resposta?

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