Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos. Jeremias 8:20

Em Jeremias 8, as calamidades dos judeus são evidentes e reais. Deus condena a impenitência do povo, mostra Seu juízo, e deplora a situação deles. Jeremias chora e lamenta pelo destino escolhido pelo povo ao se afastar de Deus.

A invasão iminente e a destruição dos túmulos (v.1-3):
“Naquele tempo os inimigos abrirão as sepulturas, e os ossos dos reis,  dos líderes de Judá, dos sacerdotes, dos profetas e do povo de Jerusalém serão retirados dos seus túmulos. Serão expostos ao sol e à lua e a todos os astros do céu, deuses que eles amaram, aos quais prestaram culto e os quais seguiram, consultaram e adoraram. Não serão ajuntados nem enterrados, antes se tornarão esterco sobre o solo. Todos os sobreviventes dessa nação má preferirão a morte à vida, em todos os lugares para onde eu os expulsar, diz o Senhor dos Exércitos.
O engano dos falsos profetas (4-17):
Diga a eles: Assim diz o Senhor: Quando os homens caem, não se levantam mais? Quando alguém se desvia do caminho, não retorna a ele? Por que será, então, que este povo se desviou? Por que Jerusalém persiste em desviar-se? Eles apegam-se ao engano e recusam-se a voltar. Eu ouvi com atenção, escutei as suas conversas, mas eles não dizem o que é certo. Ninguém se arrepende de sua maldade e diz: “O que foi que eu fiz? ”Cada um se desvia e segue seu próprio curso, como um cavalo que se lança com ímpeto na batalha. Até a cegonha no céu conhece as estações que lhe estão determinadas, e a pomba, a andorinha e o tordo observam a época de sua migração. Mas o meu povo não conhece as exigências do Senhor. (v.4-7)
Como vocês podem dizer: “Somos sábios, pois temos a lei do Senhor”, quando na verdade a pena mentirosa dos escribas a transformou em mentira? Os sábios serão envergonhados; ficarão amedrontados e serão pegos na armadilha. Visto que rejeitaram a palavra do Senhor, que sabedoria é essa que eles têm? Por isso, entregarei as suas mulheres a outros homens, e darei os seus campos a outros proprietários. Desde o menor até o maior, todos são gananciosos; tanto os sacerdotes como os profetas, todos praticam a falsidade. Eles tratam da ferida do meu povo como se ela não fosse grave. “Paz, paz”, dizem, quando não há paz alguma. Por acaso ficaram eles envergonhados de sua conduta detestável? Não, eles não sentem vergonha, nem mesmo sabem corar. Portanto, cairão entre os que caem; serão humilhados quando eu os castigar. Eu quis recolher a colheita deles”, declara o Senhor. “Mas não há uvas na videira nem figos na figueira; as folhas estão secas. O que lhes dei será tomado deles.”
Por que estamos sentados aqui? Reúnam-se! Fujamos para as cidades fortificadas e pereçamos ali! Pois o Senhor, o nosso Deus, condenou-nos a perecer e nos deu água envenenada para beber, porque temos pecado contra ele. Esperávamos a paz, mas não veio bem algum; esperávamos um tempo de cura, mas há somente terror.
O resfolegar dos seus cavalos pode-se ouvir desde Dã (a chegada do exército invasor); ao relinchar dos seus garanhões a terra toda treme. Vieram para devorar esta terra e tudo o que nela existe, a cidade e todos os que nela habitam. “Vejam, estou enviando contra vocês tropas inimigas, serpentes venenosas, que ninguém consegue encantar; elas morderão vocês, e não haverá remé­dio”, diz o Senhor.
Jeremias chora por Judá (v.18-22):
A tristeza tomou conta de mim, não tem cura; o meu coração desfalece. Ouça o grito de socorro da minha filha, do meu povo, grito que se estende por toda esta terra: “O Senhor não está em Sião? Não se acha mais ali o seu rei?” “Por que eles me provocaram à ira com os seus ídolos, com os seus inúteis deuses estrangeiros?”  O povo se lamenta: Passou a época da colheita, acabou o verão, e, no entanto, não estamos salvos.
Estou arrasado com a devastação sofrida pelo meu povo. Choro muito, e o pavor se apodera de mim, sou tomado de tristeza. Não há bálsamo (resina aromática com propriedades terapêuticas) em Gileade? Não há médico? Por que será, então, que não há sinal de cura para a ferida do meu povo?

A falta de cura para o povo não era por falta de meios para efetivá-la, mas à recusa da nação em ir ao Grande Médico. Talvez o povo tenha se tornado insensível às suas próprias necessidades e tenha ficado muito orgulhoso para aceitar o remédio e pensasse que poderia curar a si mesmo. Talvez tenha passado a gostar da doença. Deu qualquer maneira, não quis olhar para o Médico e viver. Na Palestina, a safra de grãos começa em abril, e a colheita ocorre por volta de agosto/setembro.  Para Judá a estação de coleta de frutas – a última oportunidade – tinha passado, e não haveria libertação. Seu destino era inevitável. Não permita que o tempo passe e você não faça parte dos salvos em Cristo.

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