Passados três meses, foi dito a Judá: Tamar, tua nora, adulterou, pois está grávida. Então, disse Judá: Tirai-a fora para que seja queimada. – Gênesis 38:24

Em Gênesis 38 é relatada a história de Judá, seu casamento, o nascimento de seus filhos, e sua nora Tamar, viúva de dois de seus filhos.
Judá constitui família (v.1-5):
Judá deixou seus ir­mãos e foi viver na casa de Hira, um homem de Adulão, a 20 km de Hebrom. Lá ele conheceu e se casou com Suá, uma cananita. Ela lhe deu três filhos: Er, Onã e Selá.  Judá se separou de sua família e foi constituir a sua própria família.
Judá escolhe uma nora (v.6-11):
Judá escolheu Tamar para se esposa de Er, seu filho mais velho. Mas o Senhor reprovou a conduta perversa de Er, e por isso o matou. Então, como era costume, Judá disse a Onã que se casasse com Tamar, para gerar um descendente para o irmão mais velho.
Onã,  sabendo que a descendência não seria sua, derramava o sêmen no chão para evitar que seu irmão tivesse descendência. O Senhor reprovou o que ele fazia, e por isso o matou também.
Judá orientou a nora a morar com seus pais, até que Selá crescesse e pudesse lhe gerar um filho. Esse parece ser um costume tanto judeu como cananeu.
Judá gera um filho a Tamar (v.12-23):
Passado o luto da morte de sua esposa, Judá foi ver os tosquiadores do seu rebanho em Timna com o seu amigo Hira, o adulamita. Tamar ficou sabendo, trocou suas roupas de viúva, cobriu o rosto para se disfarçar e foi sentar-se à entrada de Enaim, no caminho de Tim­na. Ela fez isso porque Judá não cumpriu a promessa feita.
Quando a viu, Judá pensou ser uma prostituta. Convidou-a a deitar-se com ele, em troca de um cabritinho de seu rebanho. Ela pediu como garantia do pagamento o selo (provavelmente utilizado em transações comerciais) com o cordão e o cajado dele. Ele os entre­gou e a possuiu, e Tamar engravidou dele. Judá mandou o cabritinho por meio de Hira, a fim de reaver sua garantia, mas ele não a encontrou.
A justiça própria de Judá (v.24-30): 
Três meses depois, informaram Judá que sua nora estava grávida. Judá imediatamente disse: “Tragam-na para fora e queimem-na viva!” Então ela lhe disse: “O dono destas coisas é o pai da criança”. Judá os reconheceu e disse: “Ela é mais justa do que eu, pois eu devia tê-la entregue a meu filho Selá”.  A lei mosaica previa o apedrejamento quando uma moça comprometida fosse pega em adultério. O reconhecimento de seu pecado, e a mudança de caráter o qualificaram para a liderança da família, e sua posteridade para a liderança em Israel.
Quando chegou a época de Tamar dar a luz, havia gêmeos em seu ventre. No trabalho de parto, um deles pôs a mão para fora; e a parteira amarrou um fio vermelho em seu pulso. Mas, seu irmão saiu primeiro e chamou-se Perez (Rompimento), e o outro Zerá (Ascensão).
É difícil quando a mascara cai, e, pior ainda, quando cai em público. Judá reconheceu seu erro, e que Tamar era justa, pois ele estava em debito com ela: não deu seu filho como prometera. Será que muitas vezes também não estamos cheios de justiça própria, mas cometendo pecados diante dos olhos de Deus? Permita a direção do Espírito Santo em sua vida.

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