Por que reténs tua forte mão direita? Estende-a com poder e destrói-os! Salmo 74:11
O Salmo 74 foi escrito possivelmente depois da conquista de Jerusalém por Nabucodonosor. O salmista Asafe, descreve de forma vívida a desgraça dos judeus, com ênfase particular na destruição do templo.
- Ó Deus, por que nos rejeitaste por tanto tempo? Por que é tão intensa tua ira contra as ovelhas de teu pasto? Refresca tua memória: Tu nos compraste há muito tempo! Somos tua tribo mais preciosa: pagaste um bom preço por nós! Somos teu monte Sião – na verdade, já moraste aqui uma vez! Vem e visita o lugar do desastre, vê como destruíram o santuário (v.1-3);
- Enquanto o teu povo adorava, teus inimigos entraram sem pedir licença, gritando e pichando as paredes. Eles puseram fogo na entrada. Com seus machados despedaçaram os objetos de madeira. Derrubaram as portas e as transformaram em lenha. Queimaram tudo, violaram o lugar da adoração (v.4-8);
- Já não vemos teus sinais; não há mais profetas, e ninguém sabe quando isso acabará. Até quando, ó Deus, os bárbaros blasfemarão, e os inimigos nos amaldiçoarão e sairão ilesos? Porque não fazes alguma coisa? Até quando ficarás sentado aí, como se estivesses de mãos atadas? (v.9-11);
- Deus é o meu rei desde o começo. Com um sopro, dividiste o mar em dois, fizeste picadinho dos monstros do mar. Cortaste as cabeças de Leviatã. Com teu dedo, abriste fontes e riachos e secaste as enchentes implacáveis. Tu és o dono do dia e da noite; põe as estrelas e o Sol em seus lugares. Projetaste os quatro cantos da terra e criaste as estações do verão e do inverno (v.12-17);
- Não atires os teus cordeiros aos lobos! Depois de tudo que sofremos, não te esqueças de nós! Lembra-te das tuas promessas: a cidade está na escuridão, o campo se tornou violento. Põe-te de pé, ó Deus, e te defende! Estás ouvindo o que dizem a teu respeito, todas essas obscenidades? Não ignores a depravação deles, os atos ultrajantes, que nunca cessam (v.18-23).
O salmo parece terminar de forma quase abrupta, como se o salmista fosse interrompido no meio da descrição das crescentes depredações do país. Deus sempre chama o Seu povo, para que abandone os pecados e ande retamente diante de Seus olhos, mas somos rebeldes por natureza, e as provações são necessárias para que nos voltemos para o Senhor.