Vem, agora, e Eu te enviarei a Faraó, para que tires o Meu povo, os filhos de Israel, do Egito. Êxodo 3:10

Aqueles que assistiram ao célebre filme “Os Dez Mandamentos” (1956), dirigido por Cecil B. DeMille, têm pelo menos uma ideia do esplendor do Egito antigo. Os estudiosos compilaram uma lista de cerca de 170 faraós conhecidos que governaram o país. Muitos de seus túmulos foram saqueados por ladrões. No entanto, em 4 de novembro de 1922, uma equipe de arqueólogos liderada pelo egiptólogo britânico Howard Carter descobriu a tumba do faraó Tutancâmon (c. 1332-1323 a.C.), que ascendeu ao trono quando tinha cerca de nove anos e morreu aos 18 anos de idade.

Em 16 de fevereiro de 1923, a equipe de Carter entrou na câmara mortuária de Tutancâmon, revestida de ouro e decorada com símbolos especiais de proteção. Dentro do sarcófago selado estava a múmia intacta, envolvida por 143 joias e a célebre máscara fúnebre azul e dourada. Quase uma década depois de abrir o túmulo, Carter terminou de fotografar e catalogar todos os 5.398 itens que ali estavam, incluindo tronos, arcos, trombetas, um cálice de alabastro, comida, vinho, sandálias, roupa de banho confeccionada com linho e um barco cerimonial para ser usado durante a jornada do monarca para o outro mundo.

Os antigos egípcios tinham a concepção mística do corpo humano como o lar de três partes da alma, conhecidas como ka, ba akh. Sem o corpo como ponto físico de encontro, essas partes se perdiam umas das outras, e a pessoa deixava de existir. O processo de mumificação, com seus muitos rituais e orações, tinha o objetivo de preservar o corpo íntegro para a vida após a morte. Assim, os túmulos guardavam o básico para que a pessoa fizesse sua jornada ao outro mundo da maneira mais confortável possível.

As dez pragas sobrenaturais que antecederam o êxodo dos israelitas foram um juízo punitivo de Deus sobre o sistema religioso do Egito (ver Êx 7–11). Em contraste com os corpos egípcios mumificados para a vida após a morte, o Senhor nos proverá um corpo completamente novo e glorificado para vivermos com Ele no Céu. “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da Sua glória” (Fp 3:20, 21).

Que certeza bem-aventurada e que esperança maravilhosa nós temos!                              – Alberto Timm, Um dia Inesquecível, MM 2018  

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