Não apagueis o Espírito. 1 Tessalonicenses 5:19

Que dia você considera especialmente marcante em sua história? O dia da formatura? O encontro com o amor da sua vida? O casamento? Nascimento dos filhos? Batismo? Seja qual for, apesar das gratas lembranças, esse dia ficou no passado. Talvez, você ainda o espere no futuro. Sem querer ser pessimista, pode não acontecer. A vida tem surpresas. Contudo, isso não impede que você continue investindo em uma grande conquista e sonhando com ela.

O certo mesmo é que o dia especialmente marcante é hoje, o presente. Hoje podemos redirecionar o curso de uma caminhada. Hoje devemos tomar decisões que se projetam na eternidade (2Co 6:1, 2). A procrastinação nesse ponto nos coloca no limite do endurecimento da consciência. “Absorvido em aspirações egoístas e condescendência pecaminosa, o coração se endurece ‘pelo engano do pecado’ (Hb 3:13). As faculdades espirituais são enfraquecidas. O homem ouve, sim, a Palavra, mas não a entende. Não discerne que ela se aplica a ele próprio. Não reconhece suas necessidades, nenhum perigo. Não percebe o amor de Cristo, e passa pela mensagem de Sua graça como alguma coisa que não lhe diz respeito” (Ellen White, Parábolas de Jesus, p. 44).

Tendo em vista o papel fundamental do Espírito Santo nesse processo, convencendo, apelando, produzindo impressões na consciência, somos advertidos a não deixar que a influência Dele se apague em nossa vida. O ser humano pode, assim, tornar-se tão insensível que se acomode a uma convivência pacífica e deliberada com o mal. Não se deixando convencer do pecado, não buscará perdão. Sem reconhecer sua necessidade, não buscará satisfazê-la.

O verbo “apagar” em grego estava ligado à ideia de “apagar fogo”, “ressecar coisas molhadas” e torná-las ressequidas, inúteis. Esse é o perigo do qual devemos fugir. Precisamos que o fogo do Espírito com Sua exuberância e Seu poder nos ilumine, aqueça, vivifique e purifique. Esse fogo divino “arderá no amor santo, na alegria, na oração, nas ações de graça. Não o apague, não o abafe em você ou nos outros, dando lugar a qualquer luxúria ou paixão, qualquer afeto ou disposição contrariamente à busca da santificação, seja negligenciando o bem ou fazendo o mal” (Joseph Benson, Commentary of the Old and New Testaments, 1Ts 5:19).

Enquanto houver vida, continuaremos sendo objeto do trabalho do Espírito Santo. Sem Ele, não haverá arrependimento nem vitória sobre maus hábitos enraizados na alma.

Zinaldo A. Santos, MM 2020, CPB

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