Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai. Mateus 24:36

No dia 18 de setembro de 2015, o programa de televisão The Jim Bakker Show foi ao ar nos Estados Unidos com o pastor Mark Biltz, do ministério El Shaddai, como convidado. O programa aconteceu na Lua vermelha do dia 28 de setembro de 2015, o último sinal do retorno iminente de Cristo para fundar seu suposto reino milenar em Jerusalém. Jim Bakker chegou a fazer propaganda de seu kit urgente de sobrevivência: um grande estoque de alimentos para oito anos por 2.500 dólares; uma pá multifuncional por 20 dólares; um rádio de energia solar por 65 dólares e um gerador que funciona sem combustível por 2.500 dólares. Essa foi apenas uma dentre as muitas propostas de datas marcadas para eventos semelhantes ao longo das eras. Aqueles que sugerem uma nova data presumem que todas as tentativas anteriores estavam incorretas e que eles finalmente encontraram a certa.

Já em 1850, Ellen White advertiu: “O tempo não tem sido um teste desde 1844, e nunca mais o será” (Primeiros Escritos, p. 75). Ainda assim, alguns adventistas definiram alguns “anos” específicos para o retorno de Cristo. Alguns acreditavam que os 40 anos de peregrinação de Israel pelo deserto representavam o período de 1844 a 1884. Outros argumentavam que o cumprimento do tempo do fim dos 120 anos de pregação de Noé se estenderia de 1844 a 1964. Na virada do século 19 para o 20, alguns estavam incentivando os casais adventistas a adotarem o maior número de filhos possível, para que os 144 mil se completassem logo e Cristo pudesse voltar. Outros ainda especularam sobre o suposto fim dos 6 mil anos entre 1996 e 1997.

Reavivamentos fundamentados no tempo são semelhantes a um cometa que brilha intensamente por um curto período e então desaparece no horizonte. Grande empolgação antecede a data marcada, mas frustração e letargia espiritual a sucedem. Aqueles que marcam datas para a volta de Cristo inserem na Bíblia as próprias opiniões especulativas. Conforme declarou Gerhard F. Hasel, “no que diz respeito a profecias não cumpridas, sempre se corre o risco de que o intérprete especule ou sutilmente se torne ele próprio um profeta”.

Cristo foi sábio o bastante para mencionar somente os sinais de Sua breve vinda (Mt 24; Lc 21), sem nos revelar o tempo em que esse evento acontecerá. Logo, devemos vigiar e estar prontos para Seu retorno, pois não sabemos quando Ele virá (Mt 24:42, 44). Não se esqueça: Ele pode voltar a qualquer momento para cada um de nós! – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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