Desse modo, saberão que caminho seguir, pois vocês nunca passaram por lá. Josué 3:4, NVI
Sob a liderança de Josué, o povo de Deus prosseguia em sua jornada rumo à terra prometida. Passados três dias no acampamento à margem oriental do Jordão, era preciso atravessá-lo e continuar a marcha. Sem a coluna de nuvem e de fogo como seu guia, os israelitas contavam com a arca, símbolo da presença de Deus, mediante a qual deviam prosseguir. A arca era o ponto de referência, e o novo líder deu as orientações: “Mantenham a distância de cerca de novecentos metros entre vocês e a arca; não se aproximem! Desse modo, saberão que caminho seguir, pois vocês nunca passaram por lá.” A ordem fazia sentido pelo fato de que, se houvesse aglomeração perto da arca, ela não estaria tão à vista de todos como precisava estar. Além disso, havia a reverência que devia ser tributada a ela; não era necessário que outras pessoas, além dos sacerdotes, a conduzissem.
Esse é um exemplo de nossa experiência rumo à Canaã celestial. Imaginemos que, ao entrarmos na vida, começamos a empreender uma grande viagem durante a qual encontraremos vários pontos de parada, ou fases – juventude, vida adulta, velhice – com seus desafios e objetivos familiares, vocacionais, espirituais, intelectuais e pessoais, suas aventuras, emoções e comoções. Não há dúvida de que, nessa jornada, Deus nos conduzirá por novos caminhos e novas experiências. Nem sempre serão caminhos fáceis. Seguir as sinalizações de Sua Palavra e de Sua presença em nossa vida é a suprema garantia de que, apesar disso, tudo terminará bem. O grande perigo, e diante do qual muitos têm sucumbido, são os atalhos alternativos, oferecidos pelo adversário e seus agentes. Foi justamente contra esse perigo que Salomão advertiu: “Há caminho que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte” (Pv 16:25).
De todo modo, lembre-se: a fim de progredir na vida e na caminhada cristã é preciso enveredar por novos caminhos, estabelecendo novos propósitos e tomando decisões, a cada dia, sem perder de vista a presença de Deus, simbolizada pela arca da aliança nos dias de Israel. Hoje, Cristo é a realidade dessa presença a nos dirigir. Seu sangue é a marca da aliança. Ele personifica a lei guardada naquela arca. Portanto, é o motivo e a inspiração de todas as nossas ações, da nossa conduta em toda e qualquer circunstância. Ele é o caminho e, Nele, por Ele, para Ele e com Ele devemos prosseguir.
Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2019, CPB