Ora, aconteceu que, indo de caminho e já perto de Damasco, quase ao meio-dia, repentinamente, grande luz do céu brilhou ao redor de mim. Então, caí por terra, ouvindo uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Atos 22:6, 7

Você já enfrentou alguma situação ameaçadora que mudou radicalmente o rumo de sua vida? Algumas situações tristes podem ser causadas por nossos erros pessoais. Outras podem ocorrer por seguirmos um conselho equivocado. Outras ainda podem estar completamente fora de nosso controle. Elas simplesmente acontecem! A despeito das causas, a partir de então nossa vida nunca mais é a mesma.

Seguindo o desejo de seu pai, Martinho Lutero começou a estudar direito na Universidade de Erfurt, com uma carreira promissora pela frente. Seis semanas depois, tirou um período curto de férias para visitar os pais em Mansfeld. No caminho de volta, em 2 de julho de 1505, Lutero enfrentou uma tempestade horrível e foi lançado por terra por um raio assustador. Desesperado, clamou: “Ajuda-me, Sant’Ana e me tornarei monge.” Como seu pai era mineiro e Sant’Ana era a padroeira dos mineiros, não surpreende que tenha feito o voto a ela.

Alguns críticos consideram que a experiência de Lutero com o raio não passa de uma lenda, mas ele próprio a descreveu como fato. Não sabemos ao certo se, antes disso, ele já estava contemplando a possibilidade de se tornar monge ou não. De todo modo, foi um grande ponto de virada em sua vida. Na noite de 16 de julho, ele deu um jantar de despedida aos amigos. Na manhã seguinte, entrou para o mosteiro agostiniano de Erfurt, cidade com tantos mosteiros que era até chamada de “pequena Roma”. Esse foi o início de uma longa peregrinação religiosa, da qual ele emergiria como o poderoso reformador protestante.

“A vida começa no fim de sua zona de conforto” (N. D. Walsch). Um raio assustador ajudou Lutero a abrir mão dos estudos de Direito e começar uma nova vida no monastério. Uma teofania (aparição pessoal de Cristo) temível perto de Damasco converteu Saulo, de perseguidor dos cristãos a um apóstolo incansável de Jesus Cristo. De igual maneira, Deus pode nos tirar da zona de conforto a fim de nos usar em Sua causa.

Deus nos pergunta hoje: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” Por que esperar medidas drásticas para nos despertar? Que a sua resposta seja a mesma de Isaías: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6:8).                                                                              Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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