Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste. Mateus 5:48
A condição para a vida eterna ainda é a mesma que sempre foi: perfeita obediência à lei de Deus, perfeita justiça, exatamente como era no Paraíso, antes da queda de nossos primeiros pais. Se a vida eterna fosse concedida sob qualquer condição inferior a essa, a felicidade de todo o universo estaria em perigo. Estaria aberto o caminho para que o pecado, com toda a sua miséria, se perpetuasse.
Antes da queda, Adão podia apresentar um caráter justo, mediante a obediência à lei de Deus. Entretanto, ele fracassou. Em razão de seu pecado, nossa natureza se acha decaída. Não podemos, por nós mesmos, alcançar a justiça. Pelo fato de sermos pecadores, profanos, somos incapazes de obedecer perfeitamente à santa lei. Não temos em nós mesmos a justiça necessária para satisfazer as exigências da lei de Deus. No entanto, Cristo nos providenciou uma solução. Ele viveu na Terra em meio a provas e tentações iguais às que temos de enfrentar. E viveu uma vida sem pecar. Morreu por nós e agora Se oferece para tirar-nos os pecados e dar-nos Sua justiça. Ao entregar-se a Ele, aceitando-O como seu Salvador, você, por causa dEle, será considerado justo, não importa quão pecaminosa possa ter sido a sua vida. O caráter de Cristo substituirá o seu caráter, e você será aceito diante de Deus exatamente como se não houvesse pecado.
Além de tudo isso, Cristo transformará seu coração. Ali, pela fé, Ele vai habitar. Por meio da fé e de uma contínua submissão de sua vontade a Ele, você deve manter essa ligação com Cristo. Assim fazendo, Ele operará em você o querer e o realizar, segundo a vontade dEle. Você poderá dizer: “E esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé do Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim” (Gl 2:20). Assim disse Jesus a Seus discípulos: “Não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós” (Mt 10:20). Assim, por intermédio de Cristo, você manifestará o mesmo espírito e as mesmas boas obras – obras de justiça e obediência.
Portanto, nada temos pelo que nos vangloriar, nenhum motivo para exaltação própria. Nossa única razão para a esperança está na justiça de Cristo que nos é imputada, como resultado da obra do Espírito Santo, o qual atua em nós e por nosso intermédio (Caminho a Cristo, p. 62, 63).