Vendo o Senhor que ele se voltava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés! Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui! Êxodo 3:4

A cena realmente chamava a atenção: um arbusto que pegava fogo, mas não queimava. Moisés se aproximou para ver melhor e, por um momento, deixou tudo de lado. Foi então que Deus falou com ele.

Durante aquelas décadas no deserto, Moisés havia aprendido a estar em sintonia com a vontade divina. Ellen White relata: “Enquanto os anos se passavam, e vagueava ele com seus rebanhos nos lugares solitários, ponderando na situação opressa de seu povo, reconsiderava o trato de Deus para com seus pais e as promessas que eram a herança da nação escolhida, e suas orações por Israel ascendiam de dia e de noite. Anjos celestiais derramavam sua luz em redor dele” (Patriarcas e Profetas, p. 251). O deserto havia cumprido seu papel. Moisés havia deixado de lado a autossuficiência do Egito e desenvolvido a dependência do Senhor.

Hoje também precisamos ter essa mesma sintonia. Corremos o risco de estar ocupados demais, sem tempo para prestar atenção àquilo que realmente é importante. Fazemos muitas coisas para Deus; mas, infelizmente, dedicamos pouco tempo para conhecê-Lo e ouvir o que Ele de fato tem a nos dizer.

Um fazendeiro perdeu seu relógio caro e de alto valor sentimental em um celeiro. Depois de procurar sem sucesso, decidiu pedir ajuda a um grupo de crianças e prometeu um bom presente para quem o encontrasse. Mesmo assim, o relógio não apareceu. Um dos meninos então pediu para tentar sozinho. Sem nada a perder, o fazendeiro o autorizou a entrar no celeiro. Não demorou, e o garoto saiu com o relógio. Todos ficaram surpresos e queriam saber como tinha conseguido. A resposta foi simples: “Eu só sentei no chão, fiquei em silêncio, escutei o tique-taque do relógio e olhei na direção certa.”

Hoje, deixe de lado a agitação, pare, escute e olhe na direção certa. “Muitos, mesmo nas horas de devoção, deixam de receber a bênção da comunhão real com Deus. Estão com muita pressa. […] Não têm tempo de permanecer com o Mestre […]. Devem separar tempo para pensar, orar e esperar de Deus a renovação da força física, mental e espiritual” (Educação, p. 260, 261).

O conselho de Dwight Moody poderá ajudar você: “Dedique 15 minutos por dia para falar com Deus; 15 minutos para que Deus lhe fale; e verá que o resto do dia não vai ser suficiente para contar tudo o que Deus fez por você nesta meia hora.”

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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