A raiva, como qualquer emoção, é uma resposta natural a determinados estímulos. No entanto, quando dominante na vida alguém, provoca efeitos negativos sobre aspectos físicos e mentais. O impacto fisiológico e psicológico da raiva crônica é profundo, prejudicando não apenas o indivíduo que a sente, mas também outros ao seu redor.
Um sentimento de irritação prolongado tende a afetar negativamente o sistema cardiovascular. Quando passamos por momentos raivosos, nosso corpo libera hormônios do estresse, como a adrenalina e o cortisol, elevando a pressão arterial e a frequência cardíaca. Com o tempo, essa ativação crônica do sistema de resposta ao estresse pode levar à hipertensão, aumentando o risco de doenças cardíacas e até mesmo de derrames cerebrais.
O estado constante de agitação devido a acessos de fúria suprime a resposta imunológica, tornando os indivíduos mais suscetíveis a infecções e doenças. Estudos mostram que pessoas com raiva crônica têm maior probabilidade de sofrer resfriados frequentes e infecções.
A saúde mental também é afetada, pois ocorre o desenvolvimento de transtornos de humor, como depressão e ansiedade. Pensamentos e emoções persistentemente negativos associados ao estado de ira corroem a rotina e levam a sentimentos de desesperança e desamparo. Isso se reflete nos relacionamentos com amigos, familiares e colegas, resultando em isolamento social e solidão.
Esse sentimento prejudica o discernimento e a capacidade de tomar decisões. Quando dominados por ele, os indivíduos tendem a agir de forma impulsiva e irracional, resultando em consequências das quais podem se arrepender mais tarde. Tudo isso compromete as interações pessoais e profissionais.
Para lidar com essa questão, listamos quatro estratégias:
Meditação em espírito de oração. Meditar na Bíblia e nos caminhos de Deus contribui para que as pessoas se tornem mais conscientes de suas emoções e melhor preparadas para controlá-las.
Expressão saudável. Encontre maneiras saudáveis para se expressar, como conversar com um amigo de confiança ou terapeuta, escrever em um diário ou praticar atividades físicas para liberar a energia e a tensão acumuladas.
Controle do estresse. Adotar técnicas de controle do estresse é fundamental para reduzir a intensidade e a frequência do descontrole emocional. Isso inclui práticas como respiração profunda e hobbies relaxantes.
Habilidades de resolução de conflitos. Aprender habilidades eficazes de comunicação e resolução de conflitos ajuda a evitar disputas emocionais. Ouvir atentamente as perspectivas dos outros permite lidar com divergências de forma construtiva.
Sentir raiva é uma emoção natural e inevitável, mas sua expressão crônica e não gerenciada causa efeitos profundos no corpo e na mente. Com abordagens intencionais, e principalmente com a graça de Deus, é possível aprender a lidar com esse sentimento e cultivar maior bem-estar e resiliência na vida. Lembre-se deste texto: “Tudo posso Naquele que me fortalece” (Fl 4:13).
Revista Adventista, 202408, PETER LANDLESS é cardiologista e diretor do Ministério da Saúde da sede mundial da Igreja Adventista, em Silver Spring (EUA); ZENO L. CHARLES-MARCEL é clínico geral e diretor associado desse ministério
Eu sou o seu Alipio de Almeida, nasci em 1951, estou casado desde 1974.
Sou pai de 3 filhos queridos, e bem casados e já tenho 6 netos, que amo muito.
Administrador de empresas e analista de sistemas, aposentado.
Proprietário orgulhoso de um Logan 1.6 2009.
Aguardando ansiosamente pela volta de Jesus.