Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. 1 Coríntios 10:31

Houve tempo em que falar sobre comida ou bebida, dieta equilibrada e cuidados com a saúde soava como extremismo. Infelizmente, ainda hoje, alguns confirmam essa impressão, apresentando o tema como se o reino de Deus fosse limitado à comida ou bebida. Praticados e ensinados com o equilíbrio característico do cristianismo saudável, os princípios de saúde disseminados pela Igreja Adventista têm sua eficácia cada vez mais comprovada por numerosas pesquisas, como indica a vasta literatura especializada no assunto. Celebridades do mundo todo têm adotado esse estilo de vida. Há quem o faça pela conservação do corpo, culto à beleza e até sob a inspiração do misticismo. Embora a boa saúde física, emocional e espiritual seja consequência natural da prática, não é o ser humano que deve ser o centro dela, mas Deus. “Fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31), disse o apóstolo.

O conselho de Paulo vai além de questões dietéticas, relacionadas à liberdade ou não do uso de comidas sacrificadas a ídolos, conforme o contexto do verso. Suas palavras têm aplicação mais ampla e atual. Glorificar a Deus deve ser o motivo primário de todas as nossas ações como cristãos. Em todas as coisas, a glória de Deus deve dominar as intenções e ações. Como seres indivisíveis, no sentido físico, mental e espiritual, também nossos pensamentos, sentimentos, atos e palavras devem ser nutridos e expressados de tal maneira que honrem ao Senhor, não a nós.

A vida que glorifica a Deus não é vivida sob os impulsos, desejos e motivos do coração egoísta ou de um corpo não regenerado. Na vida que glorifica a Deus, Ele é a razão de tudo. Essa atitude é fruto do amor para com Deus, do reconhecimento Dele como soberano criador e redentor.

Essa conduta, porém, está fora do alcance do ser humano, a menos que ele seja transformado pela graça divina. Podemos desejar, decidir e planejar concretizá-la; porém, sem o motor da graça, nada feito. “Trata-se de uma operação íntima, divinamente impulsionada e nutrida […]. É a manifestação mesma da imagem de Cristo no interior do crente. Para tanto, é mister que o discípulo de Cristo seja transformado segundo a imagem moral de Jesus Cristo” (Russell Champlin, O Novo Testamento Interpretado, v. 4, p. 165).

Que nos entreguemos a essa operação transformadora!

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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