Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a Terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. – Apocalipse 13:12

A visão de Zacarias, relativa a Josué e ao Anjo, aplica-se com força particular à experiência do povo de Deus no remate do grande dia da expiação. A igreja remanescente será levada a grande prova e aflição. Os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus, sentirão a ira do dragão e seus seguidores. Satanás conta o mundo como súdito seu, ele adquiriu domínio sobre as igrejas apóstatas; mas ali está um pequeno grupo que lhe resiste à supremacia. Caso os pudesse desarraigar da Terra, seu triunfo seria completo. Como ele influenciou as nações pagãs para destruir Israel, assim, em próximo futuro há de incitar os ímpios poderes da Terra para destruir o povo de Deus. De todos será exigido que prestem obediência a leis humanas em violação à lei divina. Os que forem fiéis a Deus e ao dever, serão ameaçados, denunciados e proscritos. Serão traídos “até pelos pais, irmãos, parentes e amigos”.
Sua única esperança está na misericórdia de Deus, sua única defesa será a oração. Como Josué pleiteou diante do Anjo, assim a igreja remanescente, com coração quebrantado e fervorosa fé, pleiteará o perdão e livramento por meio de Jesus, seu Advogado. Acham-se plenamente cônscios da pecaminosidade de sua vida, vêem sua fraqueza e indignidade, e ao olharem a si mesmos, ficam a ponto de desesperar. O tentador está ao seu lado para os acusar, como esteve ao lado de Josué, para lhe resistir. Aponta às suas vestes imundas, seu caráter defeituoso. Apresenta sua fraqueza e descaminhos, seus pecados de ingratidão, sua dessemelhança de Cristo, a qual desonrou seu Redentor. Esforça-se por assustar a pessoa com o pensamento de que seu caso não tem esperança, que a mancha de seu pecado jamais será lavada. Tem esperança de assim destruir-lhe a fé, para que ceda a suas tentações, volva costas à sua aliança com Deus e receba o sinal da besta.
Satanás insiste perante Deus com suas acusações contra eles, declarando que por seus pecados perderam o direito à proteção divina, e reclamando o direito de destruí-los como transgressores. Pronuncia-os tão merecedores como ele mesmo, de exclusão do favor de Deus. “São estas”, diz ele, “as pessoas que hão de tomar meu lugar no Céu e o lugar dos anjos que se uniram a mim? Embora professem obedecer à lei de Deus, têm porventura guardado os seus preceitos? Não têm sido amantes de si mesmos, mais do que de Deus? Não colocaram seus próprios interesses acima do Seu serviço? Não amaram as coisas do mundo? Eis os pecados que lhes assinalaram a vida. Eis o seu egoísmo, sua maldade, seu ódio uns para com os outros.” – EGW, TI, v.5, p.472-473

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