Mas o homem estúpido se tornará sábio, quando a cria de um asno montês nascer homem.   Jó 11:12

Em Jó 11, depois de Elifaz e Bildade falarem, agora é a vez de Zofar. Seu discurso acrescenta pouca coisa às idéias já expressas por seus amigos, porém, ele revela falta de simpatia, gentileza e refinamento, talvez em maior grau do que os outros. A negação de culpa por parte de Jó, faz com que ele seja mais áspero, nas palavras, do que seus companheiros. “Por ventura não se dará resposta a essa torrente de palavras? Acaso, tem razão esse tagarela? Suas parolas (falas vazias)” farão calar os homens? “zombarás tu de Deus?” Zofar não se conformava ao Jó insistir que era inocente (v.1-3).

Jó havia desejado que Deus falasse com ele (6:24) e agora Zofar responde que se “Deus falasse, e abrisse os seus lábios contra ti” seria para mostrar os seus erros. Ele revelaria os segredos da verdadeira sabedoria. “Você pode descobrir os arcanos de Deus ou penetrarás até à perfeição do Todo-Poderoso?”. O conhecimento de Deus é “mais alto que os céus… mais profundo que o abismo… mais vasto que a terra… mais amplo que o mar”. A sabedoria de Deus é inquestionável, e está fora do alcance humano (v.4-11).

O homem estúpido, sem entendimento,  teimoso, só será considerado sábio,  no dia em que um asno (jumento) montês nascer homem. Ou seja, não há esperança de comunicar sabedoria a um homem estúpido. Mas Zofar não vê o caso de Jó sem esperança, pois ele apela a Jó para que disponha seu coração, volte-se para Deus, “lance para longe a iniquidade”, nem more com a injustiça, então levantarás o rosto sem mácula, estarás seguro e não temerás (v.12-20).

Zofar exaltou a Deus, mas como os demais amigos, foi incapaz de enxergar que o sofrimento de Jó poderia ter outra causa diferente do pecado. Não podemos ser insensíveis diante do sofrimento dos que nos cercam.

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