E se você me disser: “No Senhor, o nosso Deus, confiamos”; não são dele os altos e os altares que Ezequias removeu, dizendo a Judá e a Jerusalém: “Vocês devem adorar aqui, diante deste altar”? – Isaías 36:7
Do capitulo 36 até o 39, os assuntos são de natureza principalmente histórica em vez de profética. Em Isaías 36, o profeta fala sobre a invasão de Judá por parte do rei da Assíria, Senaqueribe. O seu enviado, Rabsaqué, fala com persuasão blasfema e incita o povo a se rebelar, com falsas promessas de terras tão boas quanto as de Judá, mas também fala de outros deuses de nações diversas que foram derrotados. Ezequias é informado, por seus enviados, dessas palavras.
A Assíria invade Judá (v.1-3):
Senaqueribe através de seu comandante ameaça Jerusalém (v.4-20):
E o comandante de campo falou: “Digam a Ezequias: “Assim diz o grande rei, o rei da Assíria: ‘Em que você está baseando essa sua confiança? Você diz que tem estratégia e força militar; mas só palavras vãs. Em quem você confia, para rebelar-se contra mim? Pois veja! Agora você está confiando no Egito, aquela cana esmagada, que fura a mão de quem nela se apóia! E se você me disser: “No Senhor, o nosso Deus, confiamos”; mas, não foi a Ele que Ezequias insultou?, não são dele os altos e os altares que Ezequias removeu, dizendo a Judá e a Jerusalém: “Vocês devem adorar aqui, diante deste altar? Façamos agora um tratado com o meu senhor, o rei da Assíria: Eu lhe darei dois mil cavalos — se você puder pôr cavaleiros neles! Como então você poderá repelir um só dos menores oficiais do meu senhor, confiando que o Egito lhe dará carros e cavaleiros? Além disso, você pensa que vim atacar e destruir esta nação sem o Senhor? O próprio Senhor me mandou marchar contra esta nação e destruí-la”.
Então Eliaquim, Sebna e Joá disseram ao comandante: “Por favor, fala com os seus servos em aramaico, pois entendemos essa língua. Não fales em hebraico, pois assim o povo que está sobre os muros entenderá”. O comandante, porém, respondeu: “Pensam que o meu senhor mandou-me dizer estas coisas só a vocês e ao seu senhor, e não aos homens que estão sentados no muro? Pois, como vocês, eles terão que comer as próprias fezes e beber a própria urina! ” E o comandante se pôs de pé e falou alto, em hebraico: “Ouçam as palavras do grande rei da Assíria! Não deixem que Ezequias os engane. Ele não poderá livrá-los! Não deixem Ezequias convencê-los a confiar no Senhor, quando diz: ‘Certamente o Senhor nos livrará; esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria’. “Não dêem atenção a Ezequias. Assim diz o rei da Assíria: ‘Venham fazer as pazes comigo. Então cada um de vocês comerá de sua própria videira e de sua própria figueira, e beberá água de sua própria cisterna, até que eu os leve a uma terra como a de vocês: terra de cereal e de vinho, terra de pão e de vinhas.
” ‘Não deixem Ezequias engana-los ao dizer que o Senhor os livrará. Alguma vez o deus de qualquer nação livrou sua terra das mãos do rei da Assíria? Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade, ou de Sefarvaim? Eles livraram Samaria das minhas mãos? Quem dentre todos os deuses dessas nações conseguiu livrar a sua terra? Como então o Senhor poderá livrar Jerusalém das minhas mãos? ’ ” Mas o povo ficou em silêncio e nada respondeu, porque o rei dera esta ordem: “Não lhe respondam”. Então Eliaquim, Sebna e Joá rasgaram as suas roupas, e com as vestes rasgadas, foram contar a Ezequias o que dissera o comandante.