Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois […] a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, […] tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz. Filipenses 2:5-8

A cruz de Cristo é o símbolo da maior religião do planeta, que alcança quase um terço da população mundial e agrega mais de 2 bilhões de seguidores. Sem dúvida, a cruz revela força, influência e poder. Mas será esta a sua verdadeira glória?

Ela não representa o poder de uma religião, mas a força de um sacrifício. Nela não há superioridade humana e glória passageira. Nesse terrível instrumento de tortura, o Filho de Deus foi pregado porque aceitou entregar a Si mesmo, em silêncio e com muito sofrimento, para pagar o preço do pecado de cada um de nós. A glória da cruz está na submissão, humilhação e no sacrifício de Jesus.

Por trás do alto preço que a cruz representou, estava a humildade Daquele que Se entregou. Ellen White reflete: “A cruz de Cristo será a ciência e o cântico dos remidos por toda a eternidade. No Cristo glorificado, eles contemplarão o Cristo crucificado. Jamais se esquecerá que Aquele cujo poder criou e manteve os inumeráveis mundos através dos vastos domínios do espaço, o Amado de Deus, a Majestade do Céu, Aquele a quem querubins e resplendentes serafins se deleitavam em adorar humilhou-Se para reerguer a humanidade caída” (O Grande Conflito, p. 651).

Os discípulos não conseguiam entender essa realidade, pois buscavam um Salvador que restaurasse a glória humana da nação judaica. Jesus, porém, escolheu outro caminho: “a Si mesmo Se esvaziou”, humilhou-Se e decidiu morrer na cruz.

A humildade é uma característica fundamental dos cristãos. Como imitadores de Jesus, precisamos manifestar, pelo poder do Espírito Santo, essa virtude do Senhor. Não podemos concorrer uns com os outros, querendo mostrar que somos melhores, exibindo carros, roupas, vestidos, cabelos ou padrões humanos de “santidade” ou “perfeição”. Jesus buscou ser o último nos privilégios e o primeiro no serviço.

O que podemos fazer para que nossa mensagem de esperança seja relevante em nossos dias? O único caminho é decidirmos ser “ninguém” para fazermos dos outros “alguém”. Essa foi a escolha de Jesus e deve ser a nossa também. Só assim experimentaremos a verdadeira glória da cruz.

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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