Sou ovo-lactovegetariano desde 1982. Comecei logo depois que meu filho mais novo nasceu. Gosto de pesquisar sobre tratamentos  e alimentação natural. Frequentemente, após os 45 anos tenho feito check-up, e todos os números foram bons, e isso sempre me alegrou bastante, pois mostravam que eu estava no caminho certo.

No final de 2007, fiz o check-up anual, , surpreso, me depararei com a glicemia em 180. Não acreditei, e depois de alguns meses, solicitei um novo exame, e deu 193.  O médico  recomendou que eu passasse a tomar medicamento a partir daquele momento por toda a vida. Não me dei por satisfeito e fui procurar um endócrino. Este, ao olhar para o resultado de meus exames, não só repetiu o que o clinico geral havia dito, como já me deu 2 caixas do medicamento, e orientou a me cadastrar no site do laboratório, assim teria 50% de desconto no medicamento, pois era um tratamento caro.

Ainda não conformado, trouxe o medicamento para casa, mas disposto a não tomá-lo, e a descobrir no que havia errado em meus hábitos. Minha irmã Julia indicou-me o Manoel, membro da igreja Adventista da Lapa (SP), terapeuta e palestrante sobre Reeducação Alimentar. Ele tem uma loja de produtos naturais e um restaurante vegetariano nesse  bairro. Na consulta  ele me mostrou que eu ainda deveria fazer mais algumas mudanças em meus hábitos alimentares, bem como voltar a praticar algum esporte, de preferencia a caminhada.

Como eu não estava disposto a tomar medicamentos, segui a risca o regime indicado por el, que incluía o abandono de todo alimento de origem animal (leite, queijo, ovos…), bem como os industrializados. Tomar alguns chás, a noite comer a vontade, mas apenas uma qualidade de frutas. Foi o que fiz. Em um mês eu perdi 9 kg, e depois, no decorrer dos meses, mais 8 kg. Hoje, pouco mais de uma ano após a noticia do diabetes,  meu peso oscila entre 72 e 73 kg, e me sinto muito melhor. Mudanças de hábitos + exercícios físicos = saúde (minha glicemia caiu para 100, nível satisfatório).

Quando voltei ao clinico geral para solicitar novos exames, ele perguntou se eu estava tomando os medicamentos indicados, e eu disse que não. Expliquei a ele as mudanças que eu havia feito. Ele não gostou muito, mas me deu as guias para os exames. Ao voltar com os resultados, ele não acreditou que eu não estivesse tomando os medicamentos. Novamente expliquei o regime que seguia, e ele acabou aceitando, e disse: “se todos tivessem essa determinação, eu não necessitaria receitar remédio para quase ninguém… mas infelizmente o povo não quer fazer nenhum esforço…”. Fiquei feliz com tudo isso.

Mas a luta continua. O importante é não ceder para que o diabetes não me moleste mais. O segredo da vitória é nós colocarmos em pratica as palavras de Paulo: “E todo aquele que luta, exerce domínio próprio em todas as coisas; alguns fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como indeciso; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à submissão, para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar reprovado.” I Cor. 9:25-27

Para mim era difícil essa situação, pois eu faço palestras sobre saúde, e estar doente era incoerente com o que eu pregava. Agora, pela graça de Deus, estou bem melhor. Livre do diabetes??? Ainda não, mas subjugando-o com o poder de Deus e muita força de vontade para não fracassar.

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