Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. – Salmo 39:4

O Salmo 39 é a comovente expressão de uma alma, a princípio, incapaz de falar de sua tristeza e de reprimir suas emoções. O salmista finalmente derrama seu coração perante Deus. Este Salmo pode ser dividido em duas partes:

  1. Por que ficar calado? (v.1-4):
  • Davi disse consigo mesmo: “Tomarei cuidado com o que faço e não pecarei no que digo, principalmente enquanto estiver na presença do ímpio”;
  • Mas, enquanto estava em silêncio, sem falar mesmo coisas boas, a angústia cresceu. Quanto mais pensava, mais ardia o coração, então decidiu falar. O desejo de falar com Deus era muito grande, seu coração estava em brasas, enquanto meditava;
  • “Mostra-me como é breve meu tempo na terra, que meus dias estão contados, e a vida é passageira”;
  • Quer ter uma noção correta da brevidade e incerteza da vida humana. “Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos” (brevidade de vida); em tua presença, o prazo da minha vida é nada”.

2. Expressando os sentimentos (v.6-13) :

  • “Somos apenas sombras que se movem, e nossas inquietações não dão em nada . Acumulamos riquezas sem saber quem as gastará”;
  • Tu és a minha única esperança. Livra-me das minhas iniquidades. Eu me calo diante dos teus castigos. Pelo golpe de sua mão sou consumido;
  • Quando o homem é castigado pelas suas transgressões, Deus destrói neles o que eles tem de mais precioso: a vaidade;
  • Ouve Senhor a minha oração; escuta meus gritos de socorro, não se cale diante de minhas lagrimas, sou peregrino como todos os meus pais o foram;
  • Desvia de mim o olhar, para que eu volte a sorrir, antes que eu passe e deixe de existir.

O salmista pede, ao final, que Deus desvie dele o Seu olhar. É um pedido para que Deus não continue a afligí-lo. Em contraste com a oração para que Deus o ouça e o ajude, o salmista desta vez ora para que Deus desvie dele o que considera ser um olhar de punição.

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