Foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Apocalipse 12:10

Você já deve ter visto pessoas que andam sempre com cara de tristeza e sofrimento. Vivem em crise com sua fé, lamentando por seus pecados ou apontando o erro de outros. Acreditam que esses sentimentos vêm do Espírito Santo. Estão enganadas, pois essa é a obra do acusador, que foi expulso do Céu. O objetivo do Espírito Santo não é nos oprimir com nossos pecados, mas nos livrar deles.

Não podemos cumprir a missão usando os métodos do acusador. Somos representantes do Consolador e não defendemos nossas crenças com hostilidade. Vivemos em um tempo de intolerância religiosa. Em nome da fé, atos terroristas ocorrem; pessoas são agredidas ou mortas por mudarem de religião; membros, líderes e igrejas usam palavras agressivas e de baixo nível para “defender” seus interesses; denominações que se dizem representantes de Deus não são capazes de respeitar diferenças de pensamento.

Sou um adventista do sétimo dia convicto e não abro mão das minhas crenças, mas reconheço que cada pessoa tem o direito de fazer sua escolha religiosa. Se Deus nos criou com o livre-arbítrio e respeita nossas decisões equivocadas, como deveríamos agir em relação àqueles que não compartilham de nossos valores espirituais? Nosso papel é levar esperança e salvação, nunca enfrentamento e agressão. Devemos sempre apresentar a mensagem bíblica com equilíbrio e amor.

As pessoas estão buscando primeiro um pedaço de nosso coração para então receber uma fatia de nosso cérebro. O pastor Dwight Nelson conta que viu uma garotinha na rua, tremendo de frio, usando um vestido fino e com fome. Ficou bravo com Deus e disse: “Por que o Senhor permitiu isso? Por que não faz alguma coisa para resolver o problema?” Na mesma noite, ele entendeu a resposta divina: “É claro que Eu fiz alguma coisa. Eu criei você.” Então Nelson conclui: “Muitos ficam pensando por que Deus não age. E Deus fica pensando por que tantos que pertencem a Seu povo não se importam.” Talvez tenhamos que orar mais assim: “Ó Deus, perdoa as vezes em que olhamos o mundo com os nossos olhos enxutos” (Frank Laubach).

Não podemos nos esquecer de que estamos em guerra, e que nossa arma mais poderosa deve ser o amor.

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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