Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. 1 Coríntios 13:11
Bem-sucedidos, entrando na meia-idade, Antônio e Angelina haviam construído os fundamentos do lar com oração. No entanto, agora que o filho e a filha estavam na adolescência, os problemas começavam a aparecer. Comportamento imaturo, rebeldia, decisões erradas, displicência com a vida espiritual…
Antônio entrou em pânico. Ele se perguntava: “Será que as coisas podem dar errado mesmo quando os pais fazem tudo certo? Qual é o equilíbrio entre liberdade e controle? Que mundo é este? Onde está a responsabilidade dos jovens?”
Ele não tinha se preparado para essa fase, que chegara muito rápido. Achava que, fazendo o básico, tudo daria certo automaticamente. Contudo, não foi bem assim. Diante dos primeiros desafios, tentou controlar os filhos com zelo excessivo, o que nunca tinha feito, mas as coisas apenas pioraram. Foi então que chegou ao consultório do conselheiro cristão em busca de ajuda. “Socorro!”, parecia estar escrito em seu rosto. Depois de uma hora de conversa, o conselheiro percebeu o que estava acontecendo. Antônio era superprotetor.
O conselheiro explicou que, nessa fase, os pais precisam intensificar a vida de oração, soltar os filhos e supervisionar de longe, estabelecer regras claras, delegar tarefas, cobrar responsabilidade, entender que as criancices são temporárias e saber que, no fim, criar filhos é uma maneira de aprender a confiar mais no poder de Deus e menos em nossas habilidades. “Quando o filho está envolvido em comportamentos autodestrutivos, como o uso de álcool e drogas ou sexo pré-marital, o controle deve ser retomado com firmeza pelos pais, que precisam agir sem meias medidas”, explicou o conselheiro. “Afinal, como diz um ditado judaico, ‘não enfrente um problema pela metade’. Mas, se não é o caso, então é preciso deixá-los crescer.”
Notando que Antônio ainda não estava convencido, o conselheiro olhou pela janela, apontou para o carro novo do cliente e disse: “Você comprou um carro novo, não é? Você poderia deixá-lo na garagem ou colocá-lo na estrada. Por que resolveu colocá-lo para rodar? ” Antônio entendeu que um filho é igual a um carro novo, que não foi feito para ficar a vida inteira na garagem. Por outro lado, concluiu que não se deixa um carro novo o tempo todo na rua.
Se você tem filhos adolescentes, saiba que um dia deixarão as coisas de meninos. Coloque-os na “estrada” para “rodar” e confie na ajuda divina.