Ele me levou no Espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia do céu […]. Ela resplandecia com a glória de Deus. – Apocalipse 21:10, 11

O cenário era a igreja da Universidade Adventista do Chile, durante um simpósio sobre o Apocalipse. Meu antigo professor de teologia se levantou para falar. Como em seus melhores momentos, emocionou-se ao descrever a Nova Jerusalém e reve­lar o sonho de reencontrar o pai e a mãe ali. Disse que, ao meditar sobre as maravi­lhas da Cidade Santa, tivera um impacto. Era como se houvesse sido transportado para o Céu. A tônica do devocional foi o que mais o havia impressionado na cidade.

Seria o tamanho? De acordo com Apocalipse 21, a cidade tem 2.200 quilôme­tros de cada lado, aproximadamente a distância do Rio de Janeiro a Fortaleza. Seria a beleza? Feita de ouro puro, anulando o brilho de uma joia preciosa, clara como cristal, a cidade resplandece com a glória de Deus. Seria a muralha? Com 65 metros de espessura, a muralha é de jaspe, uma rocha de coloração vermelha, amarela, marrom ou verde. Os fundamentos dos muros são ornamentados com toda sorte de pedras preciosas, como safira, esmeralda, topázio e ametista. Seriam as portas? Em número de doze, cada porta é feita de uma única pérola. “Imagine o tamanho da ostra!”, brincou o professor. Seriam as ruas? A avenida principal da cidade é de ouro puro, como vidro transparente. Seria a ausência de templo? Parece inconce­bível uma cidade sem igreja, mas a Cidade Santa, em formato de cubo, é um tem­plo em si. Seria a claridade? Com um brilho eterno, iluminada pela glória de Deus, a cidade não precisa de sol nem de lua, muito menos de lâmpadas. Ali não haverá noite. Seria a árvore da vida? Crescendo às margens do rio da vida, a árvore dará frutos deliciosos que servirão de saúde para os habitantes. Seriam os anjos? Seres magníficos, eles caminharão no meio dos humanos como amigos que gostam de contar histórias dos tempos épicos. Seriam os encontros? Nas ruas e praças da cidade eterna, encontraremos nossos heróis mais admirados, como Moisés e Paulo.

“Não”, concluiu o velho professor, com lágrimas nos olhos. O que mais o impactara era o fato de a cidade estar vazia. “Ali há luz, mas as pessoas não procuraram ser iluminadas; há riqueza, mas não quiseram ser enriquecidas; há salvação, mas preferiram continuar perdidas; há terra, mas escolheram ser desterradas.”

Foi um belo sermão. Contudo, o que mais me surpreende não é a cidade vazia, pois creio que ela estará cheia de remidos de todas as épocas. O que mais me impacta é o fato de que Deus estará morando ali, e eu poderei ver a face dele e refletir sua glória por toda a eternidade. Você estará na cidade de luz?

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