Enquanto observava, esse chifre guerreava contra os santos de Deus e os derrotava, até que o Ancião veio e pronunciou a sentença a favor dos santos do Altíssimo; Chegou a hora de tomarem posse do reino.                    Daniel 7:21-22

Em Daniel 7, o profeta tem a visão de quatro animais e do reino de Deus, e o anjo interpreta para ele essa visão. Daniel não apresenta as informações de seu livro numa ordem cronológica estrita. Os eventos dos capitulos 5 e 6 aconteceram depois dos registrados neste capítulo.

Visão das 4 bestas (v.1-14):
No 1o ano de Belsazar, rei da Babilônia, Daniel teve um sonho e visões enquanto estava deitado em sua cama. Escreveu o seguinte resumo do seu sonho: Em minha visão à noite, eu vi os 4 ventos do céu agitando o grande mar. Quatro grandes animais (reinos), diferentes uns dos outros, subiram do mar (nações do mundo).
A 1a besta – Parecia um leão, tinha asas de águia (Babilônia – o leão alado era seu símbolo). Eu o observei e, em certo momento, as suas asas foram arrancadas, e ele foi erguido do chão, firmou-se sobre dois pés como um homem e recebeu coração de ho­mem.
A 2a besta – Tinha a aparência de um urso (Medo-Pérsia). Ele foi erguido por um dos seus lados (os persas predominaram), e na boca, entre os dentes, tinha três costelas (Lídia, Babilônia e Egito). Foi-lhe dito: “Levante-se e coma quanta carne puder!”
A 3a besta – Parecia com um leopardo (Grécia de Alexandre o Grande). Nas costas tinha quatro asas (velocidade), como as de uma ave. Esse animal tinha quatro cabeças (Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu), e recebeu autoridade para governar.
A 4a besta – Animal, aterrorizante, assustador e muito poderoso. Tinha grandes dentes de ferro, e despedaçava e devorava suas vítimas, e pisoteava tudo o que sobrava (Roma). Era diferente de todos os animais anteriores e tinha dez chifres (ostrogodos, visigodos, francos, vândalos, suevos, alamanos, anglo-saxões, hérulos, lombardos e burgúndios). Enquanto eu considerava os chifres, vi outro chifre, pequeno (igreja romana), que surgiu entre eles; e três dos chifres foram arranca­dos (hérulos, vândalos e ostrogodos) para dar lugar a ele. Esse chifre possuía olhos como de um homem (inteligência e perspicácia) e uma boca que falava com arrogância (insolência).
Enquanto eu olhava, tronos foram colocados, e o Ancião de Dias (Deus Pai) se assentou para julgar. Sua veste era branca como a neve; o cabelo era branco como a lã. Seu trono era envolto em fogo, e as rodas do trono estavam em chamas. E um rio de fogo brotava de sua presença. Milhares de milhares o serviam; milhões e milhões estavam diante dele (anjos celestiais). O tribunal iniciou o julgamento, e os livros (da vida, da memória, e o memorial do pecado) foram abertos.
Continuei a observar por causa das palavras arrogantes que o chifre falava. Fiquei olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo foi destruído e atirado no fogo (final do reino insolente). Dos outros animais foi retirada a autoridade, mas tiveram permissão para viver por um período de tempo.
Em minha visão à noite, vi alguém seme­lhante a um Filho de homem (Jesus Cristo), vindo com as nuvens dos céus. Se aproximou do Ancião de Dias e foi conduzido à sua presença. Recebeu autoridade, glória e o reino; todos os po­vos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruí­do.
A visão é explicada (v.15-28):
Fiquei perturbado com tudo que vira, e as visões me aterrorizaram. Então me aproximei de um dos que estavam diante do trono e lhe perguntei o significado de tudo aquilo. Ele explicou: “Os quatro grandes animais são quatro reinos que se levantarão na terra. Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possu­irão para todo o sempre”.
Então eu quis saber o significado do quarto animal (Roma), diferente de todos os outros e o mais aterrorizante. Também sobre os dez chifres da sua cabeça e sobre o outro chifre que surgiu para ocupar o lugar dos três chifres que caíram, ele tinha olhos e uma boca que falava com arrogância (Roma Papal). Esse chifre guerreava contra os santos e os derrotava, até que o ancião veio e pronunciou a sentença a favor dos santos do Altíssimo; chegou a hora de eles tomarem posse do reino.
Ele me explicou: “O 4o animal é um 4o reino que aparecerá na terra. Será diferente de todos os demais e devorará a terra inteira, despedaçando-a e pisoteando-a. Os dez chifres são dez reis que sairão desse reino. Depois deles um outro rei se levantará, e será diferente dos primeiros. Falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis (Papa). Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo (1.260 dias/anos).
“Mas o tribunal o julgará, e o seu poder lhe será tirado e totalmente destruído, para sempre. Então a soberania, o poder e a grandeza dos reinos que há debaixo de todo o céu serão entregues nas mãos dos santos do Altíssimo. O reino dEle será eterno, e todos os governantes o adorarão e lhe obedecerão.  Esse é o fim da visão. Fiquei aterrorizado por causa dos meus pensamentos e meu rosto empalideceu, mas guardei essas coisas comigo”.

Deus, em sua misericórdia, mostrou à Daniel, o que aconteceria na sequência da história do mundo, até o desfecho da mesma. A sucessão de reinos, até Roma, que seria o ultimo grande império, e depois dela, nenhuma outra nação dominaria sobre as demais. O período profético dessa profecia, nos mostra o domínio papal, com toda a força, fazendo guerra aos que não aceitavam os seus ensinamentos, que durou de 538 a.C. até 1798 d.C., quando o general Berthier, sob orientação de Napoleão, levou o papa prisioneiro para a França, onde morreu no exílio. Essa história se repetirá ao final dos tempos, quando Cristo voltar e instaurar o Seu Reino, com os que Lhe foram fiéis.

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