Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado. 1 Coríntios 9:27

Oswald Chambers foi um evangelista escocês e propagador do Movimento de Santidade. Enquanto servia como capelão das tropas britânicas no Egito durante a Primeira Guerra Mundial, sofreu de apendicite e, pouco depois, uma hemorragia pulmonar lhe ceifou a vida, aos 43 anos, em 15 de novembro de 1917. Em 1924, sua viúva, Gertrude, começou a revisar e editar as centenas de páginas de anotações que ela fazia toda vez que o ouvia pregar. Essas anotações se tornaram a base para o devocional diário publicado em 1927 com o título Tudo para Ele.

Na leitura de 18 de janeiro, estão as seguintes palavras de Chambers: “Estejamos em estado de alerta para tudo que pretende tomar o lugar da nossa lealdade exclusiva a Jesus Cristo. Trabalhar para Cristo é o maior concorrente à nossa devoção. É mais fácil trabalhar do que se deixar consumir totalmente por Ele. A única meta do chamado de Deus é a satisfação divina, e não nos levar a fazer algo para Ele. Não somos enviados para batalhar por Deus, mas para sermos usados por Ele em Suas batalhas. Não estaremos sendo mais devotos ao serviço cristão do que ao próprio Senhor Jesus?”

Muito antes disso – em 1898, para ser exato – Ellen G. White advertiu: “À medida que aumenta a atividade, e os homens são bem-sucedidos em realizar alguma obra para Deus, há risco de confiar em planos e métodos humanos. Vem a tendência de orar menos e ter menos fé. Como os discípulos, arriscamo-nos a perder de vista nossa dependência de Deus, e fazer de nossa atividade um salvador. Necessitamos olhar continuamente a Jesus, compreendendo que é Seu poder que realiza a obra. Conquanto devamos trabalhar ativamente pela salvação dos perdidos, cumpre-nos também consagrar tempo à meditação, à oração e ao estudo da Palavra de Deus” (O Desejado de Todas as Nações, p. 362).

A preocupação de Paulo em 1 Coríntios 9:27 é retratada com perfeição pelas duas citações acima. Aliás, cada um de nós tem apenas uma vida para viver, durante a qual devemos desenvolver nossa “salvação com temor e tremor” (Fp 2:12). Nesse processo, porém, nunca devemos nos esquecer de que o ontem é passado, e o amanhã talvez nunca chegue. Deus nos confia o dia de hoje para viver por Ele e com Ele. Vivamos como se hoje fosse o único dia de nossa vida. – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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