Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo. – Eclesiastes 8:5

Em Eclesiastes 8, Salomão traz algumas orientações fundamentais para o bem estar de todos: Os reis devem ser respeitados, e a providência divina deve ser observada. É melhor estar com o piedoso na adversidade do que com o ímpio na prosperidade, A obra de Deus é inescrutável. Praticar essas orientações significa uma vida com mais sentido e vivida com sabedoria.

Obediência ao rei (v.1-8):

Quem é como o sábio? E quem sabe a interpretação das coisas? Como é maravilhoso ser sábio, analisar e interpretar as coisas. A sabedoria do homem faz brilhar o seu rosto, e a dureza do seu rosto se muda;

Eu digo: Observa o mandamento do rei, e isso em consideração ao juramento que fizeste a Deus. Não te apresses a sair da presença dele, não evite o seu dever, nem persistas em alguma coisa má, porque o rei faz tudo o que quer. Porque a palavra do rei tem poder, tem respaldo em seu poder; e quem lhe dirá: Que fazes?  Ninguém pode resistir a elas nem as questionar. Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal, não será castigado; e o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo para fazer o que é certo. 

Há um tempo e um modo para tudo, mesmo em meio às dificuldades. Porque não sabe o que há de suceder, e quando há de ser, quem lho dará a entender?  Como é possível evitar o que não se sabe que acontecerá?  Nenhum homem há que tenha domínio sobre o espírito, para o reter; nem tampouco tem ele poder sobre o dia da morte; não há como fugir dessa batalha. E, diante da morte, nem tampouco a impiedade livrará aos ímpios.

Os perversos e os justos (v.9-17):

Tudo isto vi quando apliquei o meu coração a toda a obra que se faz debaixo do sol; as pessoas tem poder para prejudicar umas as outras.  Assim também vi os ímpios, quando os sepultavam com honra; e eles frequentavam o templo; e foram elogiados na mesma cidade em que cometeram seus crimes; também isso é vaidade. Quando não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos isso serve de incentivo para continuarem a praticar o mal. Ainda que o pecador faça o mal cem vezes, e os dias se lhe prolonguem, contudo eu sei com certeza que bem sucede aos que temem a Deus, eles terminarão em situação melhor. Porém o ímpio não irá bem, não prosperará, e ele não prolongará os seus dias, que são como a sombra; porque ele não teme diante de Deus.

Ainda há outra vaidade que se faz sobre a terra, e que não faz sentido: justos, muitas vezes, são tratados como se fossem perversos, e perversos, como se fossem justos. Digo que também isto é vaidade.

Então louvei a alegria, porquanto para o homem nada há melhor debaixo do sol do que comer, beber e alegrar-se; porque isso o acompanhará no seu trabalho nos dias da sua vida que Deus lhe dá debaixo do sol.

Aplicando eu o meu coração a conhecer a sabedoria, e a ver o trabalho que há sobre a terra (homem não cessa suas atividades). Então vi toda a obra de Deus, que o homem não pode perceber, a obra que se faz debaixo do sol; por mais que trabalhe o homem para a descobrir, não a achará; e, ainda que diga o sábio que a conhece, nem por isso a poderá compreender. 

É privilégio do ser humano estudar as obras criadas por Deus e Sua Palavra revelada, mas ele deve tomar cuidado para não se tornar “sábio aos seus próprios olhos” (Prov. 26:5) e achar que consegue compreender as profundezas de Divindade (Jó 11:7). A correta atitude do ser humano para com Deus é revelada na imagem que o apóstolo João faz dos remidos (Apoc. 15:3-4) entoando o cântico de Moisés e do Cordeiro.

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