Os vivos pelo menos sabem que vão morrer, mas os mortos nada sabem. Já não têm recompensas para receber e caem no esquecimento. – Eclesiastes 9:5

Em Eclesiastes 9, Salomão se aplica, ou exercita a mente na tentativa de solucionar diversos problemas, e ele descobre que: Coisas semelhantes acontecem a bons e maus, as pessoas necessitam da morte; e o conforto é toda a sua porção nesta vida. A providência de Deus domina tudo, e a sabedoria é melhor do que a força.

A morte chega para todos (v.1-4):

Deveras todas estas coisas considerei no meu coração, para declarar tudo isto: que os justos, e os sábios, e as suas obras, estão nas mãos de Deus, e também o homem não sabe o que o aguarda: se o amor ou o ódio; tudo passa perante ele. Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao puro e ao impuro; ao que sacrifica como ao que não sacrifica; ao que jura como ao que teme o juramento.

É uma grande tragédia que todos debaixo do sol tenham o mesmo destino. E que também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade, e que há desvarios no seu coração enquanto vivem, e não há nada adiante , senão a morte. Ora, para aquele que está entre os vivos há esperança (porque melhor é o cão vivo do que o leão morto).

Os mortos nada sabem (v.5-10):

Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória jaz no  esquecimento.  Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com coração contente o teu vinho, pois Deus se agrada das tuas obras. Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça. Vista roupas elegantes e use o melhor perfume.

Goza a vida, viva alegremente com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, sem sentido, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol. Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, faze-o bem feito, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.

As injustiças da vida (v.11-12):

Voltei-me, e vi debaixo do sol. Aquele que corre mais rápido nem sempre ganha a corrida, e o guerreiro mais forte nem sempre vence a batalha.  Às vezes os sábios passam fome, e os instruídos não alcançam sucesso. Tudo depende de você estar no lugar certo, na hora certa. Ninguém é capaz de prever os tempos difíceis. Como peixe na rede ou pássaro na armadilha, as pessoas caem em desgraça de modo repentino.

A sabedoria e a insensatez (v.13-18):

Também vi esta sabedoria debaixo do sol, que para mim foi grande: houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou e levantou contra ela grandes baluartes; e encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lembrava daquele pobre homem, para lhe agradecer. Então disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre seja desprezada. Suas palavras logo são esquecidas.

É melhor ouvir as palavras calmas da pessoa sábia do que os gritos do rei tolo. Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, porém um só pecador destrói muitos bens, muitas coisas boas.

Não podemos esperar o reconhecimento em vida, e para muitos, nem após a morte. A sabedoria do pobre homem não foi rejeitada no sentido de ser ignorada, mas ele próprio foi desprezado e deixado de lado depois de ter prestado seu serviço.  Tudo que nos vier a mão para fazer, devemos dar o melhor de nós, sempre lembrando que o fazemos para Deus, e não para os homens, pois tudo passa rapidamente ao nosso redor, inclusive o nosso tempo atual aqui na terra.

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