Houve um tempo no mundo ocidental em que a honestidade e a integridade eram cultivadas e valorizadas. Muitas pessoas costumavam dizer “minha palavra é um documento” e levavam a sério aquilo que diziam. Contudo, a sociedade vem perdendo muitos de seus valores morais mais básicos. Não dá para confiar em um número cada vez maior de políticos, e vários atletas têm recorrido a fraudes para vencer as competições.
A maratona anual de Berlim é uma das maiores e mais populares corridas de rua do mundo. Em 10 de setembro de 2000, um grupo de 33 atletas pulou alguns controles de marcação do tempo. Eles começaram a correr normalmente; mas, de repente, causaram surpresa ao desaparecer e só reaparecer perto do fim da prova. Decidiram pegar um atalho, indo de metrô em vez de fazer todo o percurso. No entanto, o plano não funcionou conforme esperavam. Parece que se esqueceram do chip computadorizado que estavam usando para registrar o tempo a cada cinco quilômetros. Assim, os 33 corredores foram automaticamente desqualificados; e, seu tempo, removido do resultado final da competição.
As fraudes se tornaram um hábito em muitas culturas e até mesmo um sinônimo de esperteza. Porém, nós, cristãos fiéis, não podemos aceitar que práticas culturais minem os princípios universais da Palavra de Deus. Lembre-se: “A integridade dos retos os guia; mas, aos pérfidos, a sua mesma falsidade os destrói” (Pv 11:3). E mais: “Se você conseguir enganar alguém, não pense que a pessoa é tola. Reconheça que ela lhe dispensou uma confiança maior do que você merecia” (Autor desconhecido).
O consultor de empresas Ednilson E. Cintra afirma: “É melhor perder com a verdade do que vencer com a mentira.” Deus espera que sejamos honestos em uma sociedade desonesta e não vendamos nossa alma por preço algum. Mantenha na lembrança as palavras de Ellen White: “A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo de seu coração sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Educação, p. 57). Que você e eu sejamos essas pessoas! Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB