Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden, para o cultivar e o guardar. Gênesis 2:15

São recorrentes os avisos de que o descuido com o meio ambiente pode levar nosso planeta ao caos. Eles são veiculados pela mídia, em campanhas educativas promovidas por instituições governamentais e não governamentais. Já nos anos 1960, livros e artigos em revistas advertiam contra os danos naturais causados pelo uso de pesticidas químicos. No início dos anos 2000, pesquisadores norte-americanos do Fundo Mundial para a Natureza esboçaram um cenário caótico para o planeta até o ano 2100: extinção de espécies de aves e animais, inundações, nevascas, furacões, ciclones e outros fenômenos ceifarão milhares de vidas.

Há cerca de quatro anos, Stephen Hawking, falecido em 2018, falando a estudantes da Universidade de Oxford, fez previsões sombrias para a Terra também para os próximos 100 anos. Como solução, sugeriu que o ser humano precisa encontrar outro lugar no espaço para sobreviver.

Cristãos adventistas sabem muito bem onde podem estar daqui a 100 anos, e não será por causa da engenhosidade humana. Mas também sabemos que “toda a criação, a um só tempo geme e suporta angústias até agora” (Rm 8:22), por causa do egoísmo prevalecente. Em meio a discursos em favor da preservação ambiental, ouvidos com reservas por desenvolvimentistas, ou enfatizados com forte colorido ecumênico por grupos religiosos, precisamos relembrar nosso papel na qualidade de gerentes do planeta. Nosso verso de hoje nos lembra dessa condição. O Senhor confiou ao ser humano a tarefa de cuidar da natureza e preservá-la, não agindo como destruidores dela em benefício próprio.

O filósofo Douglas Groothuis afirmou: “A visão cristã nem deifica a natureza nem denigre seu valor. De acordo com a Bíblia, a criação é divina e não deve ser cultuada. Porém, ela não é intrinsecamente má nem ilusória. Portanto deve ser tratada com respeito” (citado por Humberto Rasi, Ministério, nov/dez, 2013, p. 25).

Felizmente, não vai demorar muito, virá o fim, e tudo o que foi estragado pela desobediência e rebeldia dos maus gerentes será renovado de acordo com o plano original do Criador. A plena harmonia entre seres humanos, animais e o restante da natureza será então restaurada, estabelecendo-se a Nova Terra, onde habitaremos pela eternidade. Essa é a esperança que dá sentido à vida em um mundo vítima do egoísmo humano.

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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