Tenho, porém, contra ti  que abandonaste o teu primeiro amor. Apocalipse 2:4

Estudos sociológicos da religião têm demonstrado que, de modo geral, os movimentos religiosos surgem com o propósito de reformar a cultura na qual existem. No entanto, dois ou três séculos depois que os pioneiros e aqueles que os conheciam já se foram, esses movimentos tendem a perder a identidade e a ser reabsorvidos exatamente pela mesma cultura que originalmente tentaram reformar. Esse processo pode ser identificado com facilidade no cristianismo pós-apostólico e no protestantismo pós-Reforma.

Na metade do século 19, o metodismo norte-americano era uma das denominações cristãs mais vibrantes e dinâmicas existentes. Com o passar do tempo, porém, começou a perder seu fervor original. Em 21/4/1972, a Associação Geral da Igreja Metodista Unida aceitou oficialmente o pluralismo doutrinário. O grande princípio protestante de sola Scriptura (a exclusividade das Escrituras) foi substituído por quatro fontes semelhantes de autoridade doutrinária. Para os líderes metodistas, “a fé cristã é revelada nas Escrituras, iluminada pela tradição, vivida na experiência pessoal e confirmada pela razão”. Assim a denominação se abriu para uma série de ensinos e valores culturais conflitantes. O reflexivo livro de Jerry L. Walls, cujo título pode ser traduzido como “O Problema do Pluralismo: Como recuperar a identidade metodista unida”, destaca como o pluralismo minou gravemente a identidade metodista.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia vive hoje no segundo século de sua existência e vem sendo fortemente tentada pela cultura contemporânea. Mais do que nunca antes, devemos levar a sério o conselho de Paulo em Romanos 12:2, que diz o seguinte, segundo a versão A Mensagem: “Não se ajustem demais à sua cultura, a ponto de não poderem pensar amis. Em vez disso, concentrem a atenção em Deus. Vocês serão mudados de dentro para fora. Descubram o que Ele quer de vocês e tratem de atendê-Lo. Diferentemente da cultura dominante, que sempre os arrasta para baio, ao nível da imaturidade, Deus extrai o melhor de vocês e desenvolve em vocês uma verdadeira maturidade.”

Vivemos em um mundo real e devemos nos portar como as pessoas de hoje, mas somente até o ponto em que a cultura não corroa os princípios e valores universais da Palavra de Deus. – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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