Em Isaías 33 o profeta apresenta duas situações opostas: os juízos de Deus contra os inimigos (assírios), e os privilégios dos fiéis, quando Deus liquidar com seus inimigos e restaurar a nação.
Profecia contra a Assiria (v.1-4):
“Agora me levantarei”, diz o Senhor. “me erguerei; e serei exaltado. Vocês concebem palha, e dão à luz restolho; seu sopro é um fogo que o consome. Os povos serão queimados como se faz com a cal; como espinheiros cortados, serão postos no fogo.” Vocês que estão longe, atentem para o que eu fiz! Vocês, que estão perto, reconheçam o meu poder!
Em Sião os pecadores estão aterrorizados; o tremor se apodera dos ímpios: “Quem de nós pode conviver com o fogo consumidor? Quem de nós pode conviver com a chama eterna? ” Aquele que anda corretamente e fala o que é reto, que recusa o lucro injusto, cuja mão não aceita suborno, que tapa os ouvidos para as tramas de assassinatos e fecha os olhos para não contemplar o mal, é esse o homem que habitará nas alturas; seu refúgio será a fortaleza das rochas; terá suprimento de pão, e água não lhe faltará.
Seus olhos verão o rei em seu esplendor e vislumbrarão o território em toda a sua extensão. Em seus pensamentos você lembrará terrores passados: “Onde está o oficial maior? Onde está o que recebia tributos? Onde o encarregado das torres? ” Você não tornará a ver aquele povo arrogante, aquele povo de fala obscura, com sua língua estranha, incompreensível.
Olhe para Sião, a cidade das nossas festas sagradas; seus olhos verão Jerusalém, morada pacífica, tenda que não será removida; suas estacas jamais serão arrancadas, nem se romperá nenhuma de suas cordas. Ali o Senhor será o Poderoso para nós. Será como uma região de rios e canais largos, mas nenhum navio a remo os percorrerá, e nenhuma nau poderosa velejará neles. Pois o Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso rei; é ele que nos salvará. As vela dos inimigos pendem soltas de mastros quebrados, presas com cordas inúteis. Então será dividida grande quantidade de despojos, e até o aleijado levará sua presa. Nenhum morador de Sião dirá: “Estou doente e indefeso! ” E os pecados dos que ali habitam serão perdoados.