Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 1 João 1:9

Em maio de 2008, minha esposa e eu visitamos o famoso castelo de Canossa, no Norte da Itália. Era um dia agradável e ensolarado de primavera. Ali fiz uma entrevista não planejada com Mario Bernabei, autor do livro Matilde e il Castello di Canossa (Matilda e o Castelo de Canossa). Ele destacou alguns detalhes do relacionamento entre a condessa Matilda de Canossa e o papa Gregório VII, bem como o tratamento humilhante que o pontífice dispensou a Henrique IV, rei do Império Alemão.

Em contraste com o clima agradável que estávamos desfrutando, Henrique IV apareceu ali no inverno de 1076-1077, um dos mais frios de todos os tempos naquela região. Depois de insultar o papa e se rebelar contra ele, o monarca foi excomungado e deposto do trono pelo pontífice. Sabendo que Gregório VII estava visitando o castelo, Henrique foi até lá em busca de perdão. Em vez de receber o rei em um lugar aquecido, o papa o deixou do lado de fora por três dias, de 26 a 28 de janeiro de 1077 – na neve, em jejum, descalço, com a cabeça descoberta e usando roupas humildes. Após essa penitência extremamente severa, o pontífice finalmente admitiu Henrique IV em sua presença e lhe concedeu perdão.

Ao longo dos séculos, o castelo de Canossa tem sido reconhecido como símbolo da reivindicação de supremacia temporal por parte da igreja de Roma, com a aprovação de um poderoso chefe de Estado. Entretanto, que outras lições podemos extrair desse incidente? Alguns destacam o contraste entre Gregório VII, o suposto cabeça do cristianismo, orgulhoso e arrogante, e Cristo, o humilde e misericordioso cabeça verdadeiro da igreja. Consegue imaginar o que aconteceria conosco caso Jesus nos tratasse da maneira como o papa tratou o rei Henrique IV?

Não importa quais são seus pecados, lembre-se de que nenhum deles escapa à promessa de 1 João 1:9: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” E quanto ao pecado imperdoável mencionado em Mateus 12:31 e 32 e Marcos 3:28 e 29? Esse pecado é justamente a recusa em “confessar nossos pecados”. A beleza, portanto, do evangelho bíblico da salvação pela graça mediante a fé é que nenhum pecador arrependido e confesso permanece sem perdão. Essa promessa se estende a você e a mim. Devemos tomar posse dela agora mesmo!                               – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018

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