Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá.  Jeremias 17:9

Em Jeremias 17, o profeta fala sobre o cativeiro de Judá e os seus pecados. É uma maldição confiar no ser humano; mas, confiar em Deus, é uma bênção. O coração do homem não consegue enganar a Deus. A salvação está em obedecer ao Senhor. O profeta se queixa das zombarias contra as suas profecias. E, por fim, ele é enviado para renovar a aliança e consagrar o sábado.

O pecado da idolatria (v.1-4):

O pecado de Judá está escrito com estilete de ferro, gravado com ponta de diamante nas tábuas dos seus corações de pedra e nas pontas dos seus altares. Os seus filhos se lembram dos seus altares e dos postes sagrados, ao lado das árvores verdejantes, sobre os montes altos e sobre as montanhas do campo. As riquezas de vocês e todos os seus tesouros, eu os darei como despojo, como preço por todos os seus pecados nos altares idólatras, em toda a sua terra. Você mesmo perdeu a posse da herança que eu lhe tinha dado. Eu o farei escravo de seus inimigos numa terra que você não conhece, pois acendeu-se a minha ira, que arderá para sempre.

Sabedoria do Senhor (v.5-10):

Assim diz o Senhor: Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, cujo coração se afasta do Senhor. Ele será como um arbusto no deserto; não verá quando vier algum bem. Habitará nos lugares áridos do deserto, numa terra salgada onde não vive ninguém.

Feliz é quem confia no Senhor, cuja esperança está no Senhor. Será como uma árvore plantada junto às águas e que estende as suas raízes para o ribeiro. Não temerá o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano da seca nem deixará de dar fruto.

O coração humano é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo? “Eu sou o Senhor que sonda o coração e examina a mente, para recompensar a cada um de acordo com a sua conduta e suas obras.”

A confiança de Jeremias no Senhor (v.11-18):

O homem que obtém riquezas por meios injustos é como a perdiz que choca ovos que não pôs. Quando a metade da sua vida tiver passado, elas o abandonarão, e, no final, ele se revelará um tolo. Um trono glorioso, exaltado desde o início, é o lugar de nosso santuário.  Ó Senhor, Esperança de Israel, todos os que te abandonarem sofrerão vergonha;  aqueles que se desviarem de ti terão os seus nomes escritos no pó, pois abandonaram o Senhor, a fonte de água viva.

Cura-me, Senhor, e serei curado; salva-me, e serei salvo, pois tu és aquele a quem eu louvo. Há os que vivem me dizendo: “Onde está a palavra do Senhor? Por que suas profecias não se cumprem?”

Senhor, não abandonei meu trabalho como pastor do teu povo. Mas não insisti eu contigo para que afastasses a desgraça? Tu sabes que não desejei o dia do desespero. Sabes o que saiu de meus lábios, pois está diante de ti. Não sejas motivo de pavor para mim; tu és o meu refúgio no dia da desgraça. Que os meus perseguidores sejam humilhados, mas não eu; que eles sejam aterrorizados, mas não eu. Traze sobre eles o dia da desgraça; destrói-os com destruição dobrada.

A guarda do sábado do Senhor (v.19-27):

Assim me disse o Senhor: Vá colocar-se à porta do Povo, por onde entram e saem os reis de Judá; faça o mesmo junto a todas as portas de Jerusalém. Diga-lhes: “Ouçam a palavra do Senhor, reis de Judá, todo o Judá e todos os habitantes de Jerusalém, vocês que passam por estas portas. Parem de negociar junto aos portões de Jerusalém no dia de sábado. Não trabalhem no sábado, mas façam dele um dia santo, guar­dem-no como dia consagrado, como ordenei aos seus antepassados.  Contudo, eles não me ouviram nem me deram atenção; foram obstinados e não quiseram ouvir nem aceitar a disciplina”.

“Mas se vocês tiverem o cuidado de obedecer-me, e não fizerem passar carga alguma pelas portas desta cidade no sábado, mas o guardarem como dia consagrado, dia santo ao Senhor, deixando de realizar nele todo e qualquer trabalho, então os reis que se assentarem no trono de Davi entra­rão pelas portas desta cidade em companhia de seus conselheiros. Eles e os seus conselheiros virão em carruagens e cavalos, acompanhados dos homens de Judá e dos habitantes de Jerusa­lém; e esta cidade será habitada para sempre. Virá gente das cidades de Judá e dos povoados ao redor de Jerusalém, do território de Benja­mim e da Sefelá, das montanhas e do Neguebe, trazendo holocaustos e sacrifícios, ofertas de cereal, incenso e ofertas de ação de graças ao templo do Senhor.

Mas, se vocês não me obedecerem e deixarem de guardar o sábado como dia consagrado, fazendo passar cargas pelas portas de Jerusalém nesse dia, porei fogo nas suas portas, que consumirá os seus palácios.

Algumas passagens se destacam neste capítulo, como:        Maldito o homem que confia no homem…;  Bendito o homem que confia no Senhor; Enganoso é o coração…;    Cura-me Senhor e serei curado, salva-me e serei salvo.      Mas, há um destaque sobre a profanação do santo sábado do Senhor. Jeremias deixa claro que essa afronta a Deus, carregando cargas e negociando no sábado era um dos motivos porque eles iriam para o cativeiro. Deus designou o sábado para que todos o adorem, e não para se voltarem para os seus próprios interesses. Este mandamento continua em vigor, pois ele não foi dado somente para os judeus, mas desde a criação ele foi estabelecido: “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador fizera.” (Gênesis 2:3)

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