“Naqueles dias e naquela época”, declara o Senhor, “o povo de Israel e o povo de Judá virão juntos, chorando e buscando o Senhor, o seu Deus”. Jeremias 50:4

Em Jeremias 50, o profeta anuncia o juízo sobre Babilônia, e a redenção de Israel e Judá. Deus não se esqueceu deles. Há um paralelo entre Jeremias 50-51 e Apocalipse 16-19.

Profecia a respeito de Babilônia (v.1-3):
Disse o Senhor a Jeremias acerca da Babilônia e da terra dos babilônios: “Anunciem e a todo mundo, ergam uma bandeira e proclamem; não escondam nada. ‘A Babilônia foi conquistada; suas imagens e ídolos serão despedaçados; Bel e Merodaque foram humilhados. Uma nação vinda do norte (Medos e Persas) a atacará, arrasará a sua terra e não deixará nela nenhum habitante; tanto homens como animais fugirão.
Esperança para Israel e Judá (v.4-10):
“Naqueles dias e naquela época”, declara o Senhor, “o povo de Israel e Judá virão juntos, chorando e buscando o Senhor. Perguntarão pelo caminho para Sião e voltarão o rosto na direção dela. Virão e se apegarão ao Senhor numa aliança permanente que não será esquecida. Meu povo tem sido como ovelhas perdidas; seus pastores as desencaminharam e as fizeram perambular pelos montes. Elas vaguearam por montanhas e colinas e se esqueceram de seu próprio curral. Todos que as encontram as devoram. Os seus adversários disseram: “Não somos culpados, pois elas pecaram contra o Senhor, sua verdadeira pastagem, a esperança de seus antepassados”.
“Fujam da Babilônia, e sejam como os bodes que lideram o rebanho, guiem meu povo de volta para casa. Vejam! Eu mobilizarei e trarei contra Babilônia uma coalizão de grandes nações do norte. Elas tomarão posição de combate contra ela e a conquistarão. Suas flechas serão como guerreiros bem treinados, que não voltam de mãos vazias. Assim ela será saqueada, e todos  que a saquearem se fartarão”, declara o Senhor.
Babilônia cairá (v.11-16):
“Ainda que você esteja alegre e exultante por saquear a minha herança; ainda que você seja brincalhão como uma novilha solta no pasto, e relinche como os garanhões, aquela que lhe deu à luz ficará constrangida. Ela se tornará a menor das nações, um deserto, uma terra seca e árida. Por causa da ira do Senhor ela não será habitada, mas estará completamente desolada. Todos os que passarem pela Babilônia ficarão chocados e zombarão por causa de suas feridas”.
“Tomem posição de combate em volta da Babilônia, todos vocês que empunham o arco. Atirem nela! Não poupem flechas, pois ela pecou contra o Senhor. Soem contra ela um grito de guerra de todos os lados! Ela se rende, suas torres e muralhas são derrubadas. Esta é a vingança do Senhor! Façam a ela o que ela fez aos outros! Eliminem da Babilônia o semeador e o ceifeiro, com a sua foice na colheita. Por causa da espada do opressor, que cada um volte para o seu próprio povo, e cada um fuja para a sua própria terra.
Esperança para o povo de Deus (v.17-20):
“Israel é um rebanho disperso, afugentado por leões. O primeiro a devorá-lo foi o rei da Assíria; e o último a esmagar os seus ossos foi Nabucodonosor”. Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos: “Castigarei o rei da Babilônia e a sua terra assim como castiguei o rei da Assíria. Mas trarei Israel de volta a sua própria terra e ele pastará no Carmelo e em Basã; e saciará o seu apetite nos montes de Efraim e em Gileade. Naqueles dias”, declara o Senhor, “se procurará pela iniquidade de Israel e de Judá, mas nada será achado, pois perdoarei o remanescente que eu poupar.
Julgamento divino para Babilônia (v.21-46):
“Ataquem a terra de Merataim e aqueles que moram em Pecode. Persigam-nos, matem-nos e destruam-nos totalmente”, declara o Senhor. “Façam tudo o que lhes ordenei. Há ruído de batalha na terra; grande destruição! Quão quebrado e destroçado está Babilônia, o martelo de toda a terra! Preparei uma armadilha para você, ó Babilônia, e foi apanhada antes de percebê-lo; foi achada e capturada porque se opôs ao Senhor. O Senhor abriu o seu arsenal e trouxe para fora as armas da sua ira, pois o Senhor dos Exércitos, tem trabalho para fazer na terra dos babilônios.  Venham contra ela dos confins da terra. Arrombem os seus celeiros; empilhem-na como feixes de cereal. Destruam-na totalmente e não lhe deixem nenhum remanescente. Matem todos os seus jovens guerreiros! Que eles desçam para o matadouro! Pois chegou o dia e a hora de serem castigados. Escutem os fugitivos e refugiados vindos da Babilônia, declarando em Sião como o Senhor, o nosso Deus, se vingou dos que destruíram Seu templo”. 
“Convoquem flecheiros contra a Babilônia, todos que empunham o arco. Acampem-se ao redor dela; não deixem ninguém escapar. Retribuam conforme os seus feitos; façam com ela tudo o que ela fez. Porque ela desafiou o Senhor, o Santo de Israel.  Por isso, os seus jovens cairão nas ruas e todos os seus guerreiros se calarão naquele dia. Veja, estou contra você, ó arrogante”, declara o Soberano, “pois chegou o seu dia e hora de ser castigada. A arrogância tropeçará e cairá, e ninguém a ajudará a se levantar. Incendiarei as suas cidades, e o fogo consumirá tudo ao seu redor.
Assim diz o Senhor: “O povo de Israel e de Judá foram oprimidos. Todos os seus captores se recusam a deixá-los ir. Contudo, o Redentor deles é forte; Senhor dos Exércitos é o seu nome. Ele mesmo defenderá a causa deles, e trará descanso à terra, mas inquietação aos que vivem na Babilônia.
“Uma espada contra os babilônios!”, declara o Senhor; “contra os seus líderes e seus sábios! Contra os seus falsos profetas e eles se tornarão tolos. Contra os seus guerreiros e eles ficarão apavorados. Contra os seus cavalos e seus carros de guerra e contra todos os estrangeiros em suas fileiras! Eles serão como mulheres. Uma espada contra os seus tesouros e eles serão saqueados. Contra as suas águas e elas secarão. Porque toda a terra se encheu de ídolos, e o povo está enlouquecido por eles”.
“Por isso, criaturas do deserto e hienas nela morarão, e as corujas nela habitarão. Ela jamais voltará a ser povoada, nem no futuro. Como Deus destruiu Sodoma e Gomorra e as cidades vizinhas”, diz o Senhor, “ninguém mais habitará ali”
Vejam! Vem vindo um povo do norte; uma grande nação e muitos reis se mobilizam desde os confins da terra. Empunham o arco e a lança; são cruéis e não têm misericórdia, e o seu barulho é como o bramido do mar. Vêm montados em seus cavalos, em formação de batalha, para atacar Babilônia. Quando o rei da Babilônia ouviu relatos sobre eles, as suas mãos amoleceram. A angústia tomou conta dele, dores como as de uma mulher dando à luz. Virei como um leão que sobe da mata do Jordão em direção aos pastos verdejantes, subitamente eu caçarei a Babilônia pondo-a fora de sua terra. Quem é semelhante a mim e quem pode me desafiar? E que governante pode se opor a minha vontade?”
“Por isso ouçam o que o Senhor planejou contra Babilônia: até as crianças serão arrastados como ovelhas, e suas casas destruídas e as pastagens ficarão devastadas por causa deles. Ao som da tomada da Babilônia a terra tremerá; o grito deles ressoará entre as nações.

Muitas das expressões dos capítulos 50 e 51 de Jeremias, que descrevem a desolação de Babilônia literal, aparecem novamente em Apocalipse 16 a 19, na descrição que João faz da queda da Babilônia mística. Assim como Deus castigou a Babilônia no passado, pelo que fizeram ao Seu povo e ao Seu templo, Deus fará com aqueles que pisam a Sua lei e a Sua Palavra. Estamos bem próximos desse tempo, e Deus não passará por alto esses falsos pastores que fazem Suas ovelhas andarem errantes.

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