Pois o Senhor julga ao Seu povo e Se compadece dos Seus servos. Salmo 135 14

“Eu só quero justiça”, reclamava o homem acusado. “Não existem provas contra mim, exijo justiça”. Provas, não havia. Quase nunca há. Especialmente quando se pode pagar um bom advogado. Por isso, culpados são declarados inocentes em muitos julgamentos e saem livres da condenação humana – mas não da divina.

O salmista expressa hoje que é o Senhor quem julga. Diante dEle não há argumento que valha, não existe o “gozo do direito”, nem a liminar da última hora. Ele tudo vê, sabe tudo. Não julga evidências, não precisa de provas. Ele conhece as intenções mais ocultas, julga o coração e seus motivos ocultos.

O extraordinário no verso de hoje não é o fato de que é Deus o Juiz, mas que Ele “Se compadece”de nós. Ah, se fôssemos apenas julgados… O destino eterno seria a morte. Estaríamos todos condenados. Porquanto “todos pecaram” e porque “não há um justo sequer”. Mas a compaixão de Jesus tornou possível a salvação. A compaixão foi Sua misericórdia levada às últimas consequências. Entregou Sua própria vida para ocupar o lugar do homem e sofrer a morte que a criatura rebelde merecia. Jamais teremos palavras para agradecer semelhante oferenda de amor.

O Salmo 135 é mosaico. O salmista recolheu expressões citadas em outros salmos e outras fontes bíblicas. MacLaren, um erudito, disse que “este salmo é como flores arrumadas num novo buquê, porque o poeta se deleitou muito com a fragrância delas”. Repetir a história de amor escrita com sangue nunca será suficiente.

Estte salmo é o resumo do evangelho. Estamos todos perdidos. Deus nos julga, mas antes Ele providencia a solução: Jesus morre por nós. Agora é só aceitar e reconhecer que nada somos, nada temos e que Jesus é a única esperança. O pecado não precisa ser explicado. Apenas ser reconhecido, confessado e perdoado. Essa é a receita para uma consciência em paz e para uma noite de sono tranquilo.

Não tema o futuro:”O Senhor julga ao Seu povo e Se compadece dos Seus servos.”             – Alejandro Bullon, Janelas para a vida, MM 2007.

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA