O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína. Provérbios 13:3

Existe um ditado árabe que afirma:”Cuidado para que a tua língua não enforque o teu pescoço”.  A figura da língua comprida, neste ditado, simboliza a rapidez e leviandade com que algumas pessoas falam.

Viver é comunicar-se.  No relato da criação Deus criou a Eva porque não era bom que o homem estivesse só.  A vida sem comunicação seria incompleta. O relacionamento humano deveria ser uma estrada de duas vias.

O instrumento de comunicação que o Criador entregou ao ser humano foi o dom da palavra.  A palavra seria a ferramenta que serviria para construir pontes e unir vidas. A entrada do pecado porém, tornou a palavra um instrumento ambivalente. O ser humano com ela hoje,  pode construir ou destruir, ferir ou curar, levantar ou derrubar.

Pessoas sábias são felizes porque aprenderam a usar a palavra como bálsamo curador e pincel restaurador.  A palavra dita em tempo oportuno revoluciona vidas e transforma situações. Olhe à sua volta. Existe gente cujo coração é terra seca, esperando uma gota de água. Essa gota pode ser a palavra e a sua boca o manancial.

O texto de hoje apresenta o resultado do uso da palavra.  Se você falar com prudência, na medida certa e da maneira adequada, receberá como recompensa a vida. “O que guarda sua boca, conserva a sua alma”, diz o provérbio.  No original hebraico reza, “conserva a sua vida.” A vida é em parte, o resultado do que você faz com a palavra.

Por outro lado, “o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína”.  Abrir os lábios com facilidade é falar sem pensar, instintivamente, sem medir conseqüências. Irônico como possa parecer, a vítima não é o próximo, mas o próprio dono da palavra.

Use hoje o dom da palavra para elogiar e não para bajular, para aconselhar e não para criticar, para perdoar e não para condenar.  Busque a Jesus, O Verbo, a Palavra de Deus e peça que Ele habite em você e fale através de suas palavras.  Ouça, aceite, abra os braços, dê oportunidades, construa e restaure sem esquecer que “o que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios, a si mesmo se arruína”.                                Alejandro Bullón, Janelas para a vida, MM 2007, CPB

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