Com o mesmo padrão de medida que adotarem, vocês serão medidos, e mais ainda lhes será acrescentado. Pois aos que tem, mais lhe será dado: mas do que não tem, até o que tem lhe será tirado. Marcos 4:24-25

Em Marcos 4, Jesus conta algumas parábolas: a do semeador, da lâmpada, do crescimento da semente, da semente de mostarda, e, por fim, acalma uma tempestade.

A parábola do semeador (v.1-9):

Jesus começou a ensinar outra vez à beira-mar. E uma numerosa multidão se reuniu em volta dele, de modo que entrou num barco, onde se assentou, afastando-se da praia. E todo o povo estava à beira-mar, na praia. Assim, ensinava-lhes muitas coisas por parábolas e, durante o seu ensino, dizia: “Escutem! Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram.
Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. Outra parte caiu entre os espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram, e não deu fruto. Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto; a semente brotou, cresceu e produziu a trinta, a sessenta e a cem por um. E Jesus acrescentou: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”

A explicação da parábola (v. 10-20):

Quando Jesus ficou só, os que estavam junto dele com os doze começaram a lhe fazer perguntas a respeito das parábolas. Jesus disse a eles: “A vocês é dado conhecer o mistério do Reino de Deus, mas aos de fora tudo se ensina por meio de parábolas, para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam; para que não venham a converter-se e sejam perdoados.

Então Jesus lhes perguntou: “Se vocês não entendem esta parábola, como compreenderão todas as outras? O semeador semeia a palavra. Estes são os da beira do caminho, onde a palavra é semeada: quando a ouvem, logo Satanás vem e tira a palavra semeada neles. E estes são os semeados em solo rochoso, os quais, ouvindo a palavra, logo a recebem com alegria. Mas eles não têm raiz em si mesmos, sendo de pouca duração. Quando chega a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam. Os outros, os semeados entre os espinhos, são os que ouvem a palavra, mas as preocupações deste mundo, a fascinação da riqueza e outras ambições aparecem e sufocam a palavra, e ela fica infrutífera. Os que foram semeados em boa terra são aqueles que ouvem a palavra e a recebem, frutificando a trinta, a sessenta e a cem por um.

A parábola da candeia (v.21-25):

Jesus também lhes disse: “Será que alguém traz uma lamparina para que seja colocada debaixo de um cesto ou da cama? Por acaso não a coloca num lugar em que ilumine bem? Porque não há nada oculto, senão para ser manifesto; e nada escondido, senão para ser revelado. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.

Então lhes disse: “Prestem bem atenção no que vocês ouvem. Com a medida com que tiverem medido vocês serão medidos, e mais ainda lhes será acrescentado. Pois ao que tem, mais será dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.”

A parábola da semente (v.26-29):

Jesus disse ainda: “O Reino de Deus é como um homem que lança a semente na terra. Ele dorme e acorda, de noite e de dia, e a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. A terra por si mesma frutifica: primeiro aparece a planta, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. E, quando o fruto já está maduro, logo manda cortar com a foice, porque chegou a colheita.”

A parábola do grão de mostarda (v.30-32):

Disse mais: “Com que poderemos comparar o Reino de Deus? Ou com que parábola o apresentaremos? Ele é como um grão de mostarda, que, quando semeado, é a menor de todas as sementes sobre a terra; mas, uma vez semeada, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças; cria ramos tão grandes, que as aves do céu podem se aninhar à sua sombra.”

Por que Jesus falou por parábolas (v.33-34):

E com muitas parábolas semelhantes Jesus lhes expunha a palavra, conforme podiam compreendê-la. E sem parábolas não lhes falava; tudo, porém, explicava em particular aos seus próprios discípulos.

Jesus acalma uma tempestade (v.35-41):

Naquele dia, sendo já tarde, Jesus disse aos discípulos: “Vamos passar para a outra margem.” E eles, despedindo a multidão, o levaram assim como estava, no barco; e outros barcos o seguiam. Ora, levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava se enchendo de água. E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro. Os discípulos o acordaram e lhe disseram: “Mestre, o senhor não se importa que pereçamos?” E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: “Acalme-se! Fique quieto!” O vento se aquietou, e tudo ficou bem calmo.

Então Jesus lhes perguntou: “Por que vocês são tão medrosos? Como é que ainda não têm fé?” E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?”

Na parábola do semeador vemos que o reino de Deus terá triunfo extraordinário, a despeito das tentativas de se impedir seu sucesso, e dará muitos frutos. Na do grão de mostarda, Cristo mostra que apesar do pequeno início do Seu reino, o seu fim será extraordinário. E isso é visível, como demonstra a parábola da semente, mostrando as etapas do desenvolvimento da semente. E ao acalmar a tempestade, Jesus demonstrou o poder que acompanharia os Seus discípulos, caso andem em comunhão constante com a Fonte da Vida.

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