Disse Pedro: “Senhor, quantas vezes devo perdoar alguém que peca contra mim? Sete vezes?” Jesus respondeu: “Não sete vezes, mas setenta vezes sete”. Mateus 18:21

Em Mateus 18, Jesus continua os seus ensinamentos falando sobre: o maior no reino, não causar pecado, parábola da ovelha perdida, como corrigir um irmão, e a parábola da importância do perdão.

O maior no reino (v.1-5):

Naquela hora (logo após o pagamento do tributo no templo), os discípulos se aproximaram de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles e disse: “Em verdade lhes digo: se vocês não se converterem e não se tornarem como crianças (simplicidade, humildade de uma criança), de maneira nenhuma entrarão no Reino dos Céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, é a mim que recebe.”

Advertência para não causar pecado (v.6-11):

“E, se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos (crianças na fé, novatos) que creem em mim, seria melhor para esse que uma grande pedra de moinho fosse pendurada ao seu pescoço e fosse afogado na profundeza do mar. Ai do mundo por causa das pedras de tropeço! Porque é inevitável que elas existam (sempre existirão aqui na terra), mas ai de quem é responsável por elas!

“Se a sua mão ou o seu pé leva você a tropeçar, corte-o e jogue fora; pois é melhor você entrar na vida manco ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, ser lançado no fogo eterno (que extingue de uma vez por todas). E, se um dos seus olhos leva você a tropeçar, arranque-o e jogue fora; pois é melhor você entrar na vida com um só dos seus olhos do que, tendo os dois, ser lançado no inferno de fogo (entenda-se de forma figurativa).”

“Fiquem atentos, para não desprezarem nenhum destes pequeninos! Porque eu afirmo a vocês que os anjos deles, lá nos céus, incessantemente veem a face de meu Pai celeste (tem acesso á presença de Deus). Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido.”

A parábola da ovelha perdida (v.12-14):

“Se um homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não deixará ele nos montes as noventa e nove, indo procurar a que se desgarrou? E, se consegue encontrá-la, em verdade lhes digo que ficará mais alegre por causa desta do que pelas noventa e nove que não se desgarraram. Assim, não é da vontade do Pai de vocês, que está nos céus, que se perca um só destes pequeninos (Deus quer salvar a todos).”

Como corrigir um irmão (v.15-20):

“Se o seu irmão pecar contra você, vá e repreenda-o em particular. Se ele ouvir, você ganhou o seu irmão. Mas, se não ouvir, leve ainda com você uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda questão seja decidida (ninguém deveria ser punido pelo testemunho de uma única pessoa, de acordo com a lei hebraica). E, se ele se recusar a ouvir essas pessoas, exponha o assunto à igreja; e, se ele se recusar a ouvir também a igreja, considere-o como gentio e publicano.”

“Em verdade lhes digo que tudo o que ligarem na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligarem na terra terá sido desligado nos céus (nunca foi exclusividade de Pedro, mas sim, de toda a igreja). Em verdade também lhes digo que, se dois de vocês, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que vierem a pedir, isso lhes será concedido por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.”

A parábola da importância do perdão (v.21-35):

Então Pedro, aproximando-se, perguntou a Jesus: “Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?”
Jesus respondeu: “Não digo a você que perdoe até sete vezes, mas até setenta vezes sete (forma simbolica de se dizer que devemos perdoar sempre que necessário, assim como o Pai nos perdoa).”

“Por isso, o Reino dos Céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos. E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos (cerca de 215 toneladas de prata). Não tendo ele, porém, com que pagar, o senhor desse servo ordenou que fossem vendidos ele, a mulher, os filhos e tudo o que possuía e que, assim, a dívida fosse paga. Então o servo, caindo aos pés dele, implorava: “Tenha paciência comigo, e pagarei tudo ao senhor.” E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida.”

“Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários (um denário era o salário de um dia de trabalho, portanto devia cem dias de trabalho). Agarrando-o, começou a sufocá-lo, dizendo: “Pague-me o que você me deve.” Então o seu conservo, caindo aos pés dele, pedia: “Tenha paciência comigo, e pagarei tudo a você.” Ele, porém, não quis. Pelo contrário, foi e o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.”

“Vendo os seus companheiros o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram relatar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. Então o senhor, chamando aquele servo, lhe disse: “Servo malvado, eu lhe perdoei aquela dívida toda porque você me implorou. Será que você também não devia ter compaixão do seu conservo, assim como eu tive compaixão de você?” E, indignando-se, o senhor entregou aquele servo aos carrascos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim também o meu Pai, que está no céu, fará com vocês, se do íntimo não perdoarem cada um a seu irmão.”

Jesus estava procurando ensinar a importância do perdão. Hoje vemos familiares que não se conversam há anos, porque não souberam perdoar uma falha em outra pessoa. Na oração do Pai Nosso, Jesus nos ensina a perdoar da mesma forma que queremos que o Pai nos perdoe. Precisamos aprender a perdoar os que nos ofendem.

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA