Naquela ocasião Miguel, o grande príncipe que protege o seu povo, se levantará. Haverá um tempo de angústia tal como nunca houve desde o início das nações e até então. Mas naquela ocasião o seu povo, todo aquele cujo nome está escrito no livro, será liberto. Daniel 12:1

Na entrada da Universidade de Bonn, na Alemanha, existe uma impressio­nante estátua dourada representando o arcanjo Miguel matando o dragão. Com uma espada na mão direita e o pé esquerdo sobre o dragão, Miguel está a ponto de destruir o monstro que simboliza o mal. No escudo está escrito em latim: Quis ut Deus? (Quem é como Deus?), o significado do nome Miguel em hebraico. De fato, somente aquele que venceu o dragão no Céu pode vencê-lo na Terra.

Na Idade Média, as lendas sobre Miguel, chamado de São Miguel por católicos, ortodoxos, anglicanos e luteranos, se proliferaram na Europa. Na Grã-Bretanha, ele se tornou mais popular do que os grandes santos. Só nesse país, o número de igre­jas dedicadas a ele na época da Reforma chegou a 611. Em Gales, Miguel só perdia em popularidade para a virgem Maria.

Apresentado em Daniel como um grande príncipe protetor, Miguel ganhou destaque no pensamento judaico como advogado e defensor de Israel. Entre outras coisas, ele teria protegido os israelitas durante o êxodo, pois o adversário os acusou de idolatria e argumentou que deviam morrer afogados no Mar Vermelho. Em Judas 1:9, o “arcanjo Miguel” é retratado como aquele que disputa com o diabo o corpo de Moisés. E em Apocalipse 12:7 a 9 ele aparece como um poderoso guerreiro que vence o dragão e o expulsa do Céu. Assim, não é surpresa que, ao longo dos séculos, os cristãos tenham passado a ver Miguel como o líder dos exércitos do Céu e protetor do povo de Deus contra as forças do mal. Os ortodoxos orientais até o chamam de Archistrategos, ou “Comandante Supremo das Hostes Celestiais”.

Alguns grupos cristãos, incluindo os adventistas, identificam Miguel com o Cristo pré-encarnado e exaltado após a ressurreição. Ele não é um superanjo, um ser criado, mas o chefe dos anjos, o eterno Filho de Deus, também apresentado no Antigo Testamento como o Anjo do Senhor. Para quem acredita assim, a afirma­ção de Paulo em l Tessalonicenses 4:16 é a confirmação de que Miguel e Cristo são o mesmo personagem. Diz ele: “Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu.”

De uma coisa você pode ter certeza: Miguel venceu o dragão muitas vezes e vencerá novamente. O mesmo Miguel que expulsou os anjos maus do Céu nos protegerá na jornada para lá.

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