Tira a minha alma do cárcere para que eu dê graças ao teu nome; os justos me rodearão quando me fizeres esse bem. Sal. 142:7
A paciente não deixou o médico falar e disse: – “O meu problema não está no corpo, está na alma. Sou uma mulher vazia, algo está errado dentro de mim. O que a ciência pode fazer?”
Existem enfermidades psicossomáticas que destroem a vida. As raízes do mal estão na alma, mas os efeitos são físicos. Nenhum exame médico é capaz de detectar a causa e o corpo vai definhando aos poucos.
No verso de hoje o salmista fala deste tipo de mal: “tira a minha alma do cárcere”, suplica.
A introdução deste Salmo diz: “Salmo didático de Davi. Oração que fez quando estava na caverna.” Existem duas ocasiões em que Davi esteve numa caverna. Quando fugiu dos filisteus e escondeu-se na caverna de Adulão e quando teve a oportunidade de acabar com vida de Saul, na caverna de Engedi. Os eruditos não definem em qual das cavernas foi escrito este salmo; mas seja qual tenha sido, metaforicamente o salmista encontrava-se na caverna da vida, nesses momentos em que as sombras das dificuldades não permitem enxergar um palmo à frente.
Davi deixa claro que, se Deus o libertar do cárcere da depressão em que se encontra, ele enaltecerá o nome do Senhor e os justos o rodearão como se fossem uma coroa de vitória na sua cabeça. Essa é a vida que Deus quer que você viva.
A mulher que entrou no consultório médico foi aconselhada a permitir que Deus a libertasse de sentimentos negativos que estavam envenenando o seu coração. Ódio, rancor, desejo de vingança. Aquela mulher tinha motivos de sobra pra abrigar esses sentimentos, mas eles tinham se tornado um cárcere para sua alma. Quando ela trocou esses sentimentos pelo desejo de perdoar, compreender e amar, tudo mudou na sua atribulada vida.
Alguma vez você sentiu-se prisioneiro de sentimentos negativos? Enquanto aceitar essa situação, não terá condições de ver as coisas belas da vida, nem desfrutará dos momentos felizes que as pessoas amadas lhe proporcionam.
Na escuridão da caverna só existe solidão, egoísmo, tristeza e lamúrias. Por isso, clama como Davi: “Tira a minha alma do cárcere para que eu dê graças ao teu nome; os justos me rodearão quando me fizeres esse bem”. – Alejandro Bullón, Janelas para a vida, MM 2007