Então disse a seus servos: “O banquete de casamento está pronto, mas os meus convidados não eram dignos.” Mateus 22:8

Na tradição da índia, a dançarina Maha-Maya, a Deusa da Grande Ilusão, é uma divindade que reside na montanha azul. Ela dança sozinha no templo em Kamakhya para seu próprio prazer, longe da vista de espectadores. Um dia, o sacerdote Kendukalai recebe permissão para observá-la dançando. Ele conta para o rei Naranarayana sobre a dança, despertando assim o desejo do monarca, que espia a dançarina por uma fresta na parede. Como resultado, a deusa mata o sacerdote e amaldiçoa o rei e todos seus descendentes, que jamais poderão vê-la. Até hoje, diz a lenda, os descendentes do rei devem manter uma distância do templo. Nessa história, a dançarina controla seu espaço e não é propriedade ou objeto de um espectador masculino.

Na Bíblia, encontramos também a metáfora de uma mulher especial, mas que é muito diferente. Ela não é uma deusa dançarina, mas deve manter sua pureza. Essa figura vem desde o Antigo Testamento, em que a nação de Israel, ou Jerusalém, é representada como a noiva ou esposa de Deus. Enquanto Israel conserva sua pureza espiritual, é uma noiva fiel e elogiada. Quando se prosti­tui com os falsos deuses por meio da idolatria, torna-se impura e infiel. No Novo Testamento, a metáfora continua. Cristo é o Noivo e a igreja é a noiva. Seguindo o roteiro de casamentos do antigo Oriente Médio, Cristo foi para a casa do Pai a fim de preparar a morada da noiva. Quando ele voltar para buscá-la, o casa­mento será realizado.

Na qualidade de noiva, a igreja precisa ficar longe de tudo aquilo que a conta­mina. Ela é amada pelo Noivo não por suas danças sensuais, roupas extravagan­tes, joias caras ou perfumes raros, mas pelo caráter imaculado. O próprio Noivo purifica a noiva e coloca vestes reais/nupciais sobre ela. Longe das mitologias orientais ou asiáticas, a noiva terrestre se une ao Noivo celestial não para satisfa­zer desejos sexuais, mas para expressar o amor divino. A união é sagrada. Ele não a domina, nem ela foge dele. Os dois vivem eternamente juntos. Nesse relaciona­mento, há bênção, não maldição.

Agora é hora de colocar roupas especiais, pegar os instrumentos musicais e encher o coração de alegria, pois daqui a pouco a festa de casamento vai come­çar. Para participar do banquete, você precisa ter vestes nupciais, oferecidas pelo Rei e Pai do Noivo. A dignidade não vem do convidado, mas do convite. Você não deveria perder essa festa por nada.jesus-e-as-bodas-do-cordeiro

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