Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Tiago 1:5, NVI

Existe uma qualidade pela qual identificamos as pessoas verdadeiramente sábias, tornando-as merecedoras de nosso reconhecimento e admiração: a sincera convicção de que não sabem todas as coisas. O efetivo e contínuo esforço empreen-dido em aprender sempre mais as torna especialmente distintas daquelas que apenas supõem ou pretendem saber tudo. O maravilhoso livro da Natureza, a vastidão das ciências, os mistérios da vida e da eternidade nos são apresentados como o mar profundo e sem fim, à espera de que nele mergulhemos e nos deliciemos.

Nesse contexto, o Antigo Testamento relata a experiência do rei Salomão. Ao lhe ser dada, pelo próprio Deus, a oportunidade de pedir o que bem quisesse, ele não titubeou e pediu sabedoria para liderar o povo sobre o qual foi estabelecido como rei (1Rs 3:5-9). As escolhas desastradas que fez posteriormente nada tiveram que ver com a resposta de Deus, ao torná-lo o homem mais sábio de seu tempo (1Rs 4:29-34), mas com o mau uso que ele fez do riquíssimo tesouro recebido.

As Escrituras atribuem valor inestimável à sabedoria: “Porque melhor é o lucro que ela dá do que a prata, e melhor a sua renda do que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que pérolas, e tudo o que podeis desejar não é comparável a ela” (Pv 3:14, 15). “Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre é desprezada” (Ec 9:16). As questões cada vez mais difíceis exigem de nós sabedoria. É certo que vivemos em uma época de grande conhecimento que avança, em todas as áreas, parecendo não ter limites. Descobertas que hoje nos emudecem, como observadores, amanhã podem se tornar obsoletas. Contudo, necessitamos da “sabedoria do Alto”, que nos possibilita a graça de viver sem ambição egoísta, amargura, inveja, conflitos e dissensões (Tg 3:13-16).

“A sabedoria que vem do Céu é antes de tudo pura; e é também pacífica, bondosa e amigável. Ela é cheia de misericórdia, produz uma colheita de boas ações” (Tg 3:17, NTLH).

Admitir que ainda nem tocamos com a ponta dos dedos o tesouro da sabedoria é o primeiro passo para adquiri-la. Em seguida, devemos pedi-la Àquele “que [tudo] a todos dá livremente e de boa vontade”. Assim mesmo, teremos que exercer a sabedoria da fé diante de mistérios insondáveis da natureza e das questões eternas. Abrindo nosso coração e nossa mente às graciosas revelações de Deus, Ele nos ensinará como viver.

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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