Santificai os Meus sábados, pois servirão de sinal entre Mim e vós, para que saibais que Eu sou o Senhor, vosso Deus. Ezequiel 20:20

Se o senso de pertencimento a Deus que o Espírito imprime na consciência do cristão traz a marca da influência que Ele produz, habilitando-nos para o Céu, como vimos ontem, obviamente isso terá sua expressão natural no estilo de vida. A vida cristã não é uma experiência passiva, mas ativa de crescimento em Cristo. Esse desenvolvimento é evidenciado pela obediência a todos os princípios enunciados em Sua lei, cujo quarto mandamento se destaca como o distintivo da autoridade divina sobre toda a criação: “Porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há” (Êx 20:11). Então, o Senhor descansou nesse dia, “abençoou o dia de sábado e o santificou”. Estabeleceu-o como memorial da criação e da própria vida (Gn 2:1-3).

Ao ser ligado à atividade criadora de Deus, o sábado ganha um significado que não se limita à questão do tempo. É sob esse ângulo que ele deve ser observado. Muito além de ser um dia em que as atividades materiais devem ser suspensas, o sábado é um dia cuja aceitação é nosso testemunho de submissão à soberania de Deus, Sua autoridade e direito de propriedade sobre nós. “Deus não queria um mundo que se apartasse Dele, queria-o dedicado a Ele. O sábado seria a marca dessa santidade e a expressão de que a vida do ser humano estava dedicada a Deus. Foi estabelecido para que o homem, liberado de todas as coisas que não concedem santidade, possa relacionar-se com Deus” (Mario Veloso, O Homem: Uma Pessoa Vivente, p. 46).

Ao realçar diante dos israelitas a importância de honrar o sábado, Deus deixou claro que essa seria a marca de lealdade e de que O reconheciam como Senhor. O fato de que Ele o tenha distinguido dessa maneira é extremamente importante para sua permanência e observância entre Seus filhos, em todos os tempos da História. Para o Israel espiritual, o sábado continua sendo o sinal, o distintivo externo que o mundo descrente pode ver naqueles que “ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou” (Ef 1:13, NVI).

Jesus Cristo é a inspiração maior para vivermos essa verdade. Ele, a Palavra encarnada, o Autor da lei, veio ao mundo por Ele criado, viveu entre homens, observando tudo o que a lei requeria. Da mesma forma, dá-nos graça e poder para fazer o mesmo.

Zinaldo A. Santos, MM 2020, CPB

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