Ela não reconheceu que fui eu quem lhe deu o trigo, o vinho, o azeite, que a cobri de ouro e prata, mas ela ofereceu tudo a Baal. Oseias 2:8

Em Oseias 2, Deus mostra a idolatria do povo, e os seus juízos contra eles. Também fala sobre Suas promessas de reconciliação.

Acusações contra a esposa infiel (v.1-13):
Nesse dia, vocês chamarão seus irmãos de Ami (meu povo), e suas irmãs de Ruama (minhas amadas). Repreendam sua mãe, pois ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido. Que ela retire do rosto o sinal de adúltera e do meio dos seios a infidelidade. Do contrário, eu a deixarei nua como no dia em que nasceu. Permitirei que morra de sede, como numa terra seca e desolada.
Não tratarei com amor os seus filhos, porque são filhos de adultério. A mãe deles foi infiel, engravidou deles e está coberta de vergonha. Pois ela disse: “Irei atrás dos meus amantes (Assíria e Egito), que me dão comida, água, lã, linho, azeite e bebida”.
Por isso bloquearei o seu caminho com espinheiros; eu a cercarei de tal modo que ela não encontrara o caminho. Ela correrá atrás dos seus amantes, mas não os alcançará, nem os encontrará. Então ela dirá: “Voltarei para o meu marido como no início, pois eu estava bem melhor do que agora”. Ela não reconheceu que fui eu quem lhe deu o trigo, o vinho e o azeite, quem a cobriu de ouro e de prata, que depois ofereceu para Baal.
Por isso tomarei de volta o meu trigo quando ele amadurecer, e o meu vinho quando ficar pronto. Arrancarei dela minha lã e meu linho, que serviam para cobrir a sua nudez. Pois agora vou expor a sua lascívia diante dos olhos dos seus amantes; ninguém a livrará das minhas mãos.
Acabarei com as suas celebrações: com suas festas de lua nova e seus sábados, com todos seus feriados. Arruinarei suas videiras e figueiras, que, segundo ela, foi pagamento recebido de seus amantes; farei delas um matagal, e os animais selvagens as devorarão. Eu a castigarei pelos dias em que queimou incenso aos baalins; ela se enfeitou com anéis e jóias, e foi atrás dos seus amantes, mas de mim, ela se esqueceu, declara o Senhor.
O amor do Senhor pela nação infiel de Israel (v.14-23):
Contudo, vou atraí-la; ao deserto a levarei e lhe falarei com carinho. Lhe devolverei suas vinhas, e farei do vale de Acor (Aflição) uma porta de esperança. Ela me responderá como nos dias de sua infância, como a libertei da escravidão no Egito. “Naquele dia”, declara o Senhor, “você me chamará “meu marido”; não de “meu senhor”. Tirarei dos seus lábios os nomes dos baalins; seus nomes não serão mais invocados.
Nesse dia, farei um acordo com os animais do campo, com as aves do céu e com os animais que rastejam pelo chão para que não lhe façam mal. Arco, espada e guerra, eu os abolirei da terra, para que todos vivam em paz. Me casarei com você para sempre; com justiça e retidão, com amor e compaixão. Serei fiel a você e a tornarei minha, e você reconhecerá a mim, o Senhor.
“Naquele dia eu responderei”, declara o Senhor. “Responderei aos céus, e eles responderão à terra; e a terra responderá ao cereal, ao vinho e ao azeite, e eles responderão a Jezreel (Deus semeia).  Eu a plantarei para mim mesmo na terra; tratarei com amor aquela que chamei Não-amada (Lo-Ruama). Direi àquele chamado Não-meu-povo (Lo-Ami): Você é meu povo; e ele dirá: “Tu és o meu Deus”.

Na experiência de Israel, o Senhor era o seu “primeiro marido”, e Oseias representava isso através de seu casamento com Gômer. Mas ela, não satisfeita com tudo que recebia do marido, foi atrás de outros homens. E, como o filho pródigo, cairia em si e perceberia que a fartura da casa de seu pai era melhor do que ele tinha agora (Lucas 15:17). Tudo que Israel tinha, vinha da parte de Deus. Era muita ingratidão para com o verdadeiro Doador de “toda boa dádiva e todo dom perfeito” (Tiago 1:17). Deus nos ama e quer o melhor para nós.

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