Fira-me o justo, será isso mercê. Salmo 141:5

Quando Abigail apresentou a Davi os resultados terríveis de seu procedimento impetuoso em procurar vingança contra Nabal, uma escolha deveria ser feita. Ou o orgulho de Davi seria atiçado ou ele aceitaria graciosamente o conselho daquela mulher gentil. No último caso, ele poderia simplesmente aceitar a opinião ou abençoar Abigail por lhe dar tão sábio conselho. Para seu próprio bem, Davi escolheu o último e humildemente recebeu a reprovação em harmonia com suas próprias palavras do texto de hoje.

Mas por que Davi fez essa escolha? Foi só porque o tom de voz de Abigail revelava uma preocupação honesta? Isso ajudou. Será que foi porque as palavras dela deram a Davi tempo para se acalmar? Talvez. Contudo, o que Davi escreveu posteriormente indica que, no breve momento do conselho, ele pôde perceber em Abigail a influência divina. Isso abriu as portas de seu coração para receber com humildade a reprovação de uma mulher em posição vulnerável.

Muitas vezes, por conta da irritação, desejamos no coração agir de modo semelhante à pretensão impetuosa de Davi. Talvez não cheguemos ao ponto de puxar a espada como fez o futuro rei de Israel, mas permitimos que nossas emoções sejam inflamadas pelo combustível da ira. É muito fácil o orgulho assumir o controle ao sofrermos algum tipo de afronta.

Em certas situações, porém, alguns são tentados a apresentar evasivas e pretextos ao serem aconselhados a frear seu descontrole emocional. “Não é nada disso que você está pensando. Esse é meu jeito normal. Falo alto mesmo, sou expressivo.”

Pior do que isso é se firmar no erro e orgulhosamente se voltar contra quem está sendo usado por Deus para impedir que tomemos uma atitude louca. Imagine se Davi tivesse dito: “Nenhuma mulher está autorizada a me dizer o que devo fazer!”

Quando algum comportamento irado tentar nos levar a passar dos limites, o melhor a fazer é agir como Davi e aceitar o conselho sábio e amável de alguém que esteja realmente interessado em nos levar a refletir a imagem de Deus.

Jan S. Doward, 4/4/1985, MM 2021, CPB

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