Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. João 1:11

A troca de presentes entre reis, presidentes e líderes em geral é uma tradição que vem desde as antigas civilizações. Do Egito à Assíria, da Grécia a Roma, da Europa às tribos das Américas, os presentes sempre fizeram parte dos cerimoniais diplomáticos, seja como símbolos de amizade, seja como instrumentos de suborno.

Ainda no início da democracia norte-americana, o costume foi banido da nova república, pois cheirava a coisa da decadente aristocracia e poderia corromper as mais altas instâncias da nação. No entanto, desde George Washington, a lei nunca foi radicalizada. Todos os anos, o presidente recebe inúmeros “mimos”. Presentes até 350 dólares podem ficar com o presidente; se custarem um centavo a mais, são considerados propriedade do povo americano e vão para instituições ou museus. Em nome da transparência, o Departamento de Estado publica periodicamente uma lista de presentes que o presidente e os funcionários federais receberam.

Algum tempo atrás, tive a curiosidade de entrar no site e conferir essas listas de presentes. Alguns são esquisitos, outros são magníficos. Os líderes do Oriente Médio costumam ser os mais generosos. O rei Abdullah, da Arábia Saudita, é talvez o mais destacado presenteador. Somente no primeiro ano de Barack Obama na Casa Branca, ele doou objetos luxuosos e raros no valor de mais de 300 mil dólares. Um conjunto de joias de rubi e diamante oferecido a Michelle Obama foi avaliado em 132 mil dólares. O interessante é que a justificativa para o recebimento dos presentes é sem­pre a mesma: “A não aceitação causaria constrangimento ao doador e ao governo.”

Há pouco mais de 2 mil anos, o monarca do universo enviou um presente ao povo da Terra. Infelizmente, para grande constrangimento de todos, o presente não foi recebido. O presente era um “retrato” único, uma “réplica” fiel do rei. Não se tratava de uma imagem holográfica num porta-retratos digital, mas de uma foto­grafia viva, com carne e sangue, em uma moldura humana. Mais do que um sim­ples presente diplomático, era uma dádiva que tinha o poder de expressar o ser do doador e de restaurar as relações entre o Céu e a Terra. Que valor incalculável! E que decepção causou o desprezo dedicado àquela dádiva inigualável!

A crônica sagrada, porém, registra que alguns reconheceram o valor do pre­sente e o quiseram de verdade. O presente os transformou em filhos de Deus, retratos do retrato e fotografias do próprio Pai. Eles passaram a viver de sua generosidade, recebendo uma bênção após a outra. Você está entre os que rece­beram o presente ou entre os que o rejeitaram? Não cause constrangimento a você mesmo e ao doador.jesus-o-maior-presente-1

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