Os céus e a terra são teus, tudo pertence a ti; tu fizeste todas as coisas. Salmo 89:11
O Salmo 89 tem sido chamado de salmo da aliança. Ele recorda a promessa de que o trono de Davi seria estabelecido eternamente e então expressa preocupação Deus, aparentemente ter quebrado a aliança. O salmista está certo de que, a despeito das aparências, a promessa sera restaurada.
Tônica de louvor (v.1-4):
- Teu amor, ó Deus, é minha canção! Para sempre testemunharei tua fidelidade. Nunca desistireis de contar a história do teu amor – sobre como construíste o Universo e garantiste a subsistência de tudo. Teu amor sempre foi o alicerce da nossa vida; tua fidelidade, o telhado sobre o nosso mundo. Declaraste: “Juntei forças com Davi, penhorei minha palavra: Farei seu governo sólido e duradouro como uma rocha”.
Exaltação a Deus (v.5-18):
- Que os céus e a terra louvem teus maravilhosos caminhos, e o coral dos santos anjos te exaltem! Procurem em todos os cantos, nos céus e na terra, e não se encontrará ninguém como o Senhor… quem é como tu, poderoso e fiel? Teu braço é poderoso – ninguém ousa de desafiar! O justiça e retidão são as raízes do teu governo; o amor e a verdade, os teus frutos… Tudo o que somos e temos devemos a Ti!
A escolha de Davi (v.19-37):
- Há muito tempo, numa visão, dissestes: Escolhi um guerreiro, dentre o povo, para ser rei, meu servo Davi. Ungi com óleo sua cabeça, minha mão o protege constantemente… nenhum inimigo terá vantagem sobre ele… exterminarei os que o odeiam. Ele é o primeiro da linhagem real. Eu o preservarei eternamente em meu amor e fielmente cumprirei o que prometi. Preservarei sua árvore genealógica e subscreverei seu governo. Mas, se seus descendentes se recusarem a fazer o que digo, recusando-se a andar no caminho que eu mostrar, eles sofrerão as consequências. Não quebrarei a minha aliança, mas nunca os abandonarei ou repudiarei. Alguém acha que eu voltaria atrás em minha santa promessa? Ou que eu mentiria para Davi? Sua dinastia estará aqui para sempre, tão certa como o sol, e como as fases da lua.
Queixa pela aparente falha das promessas de Deus (v.38-45):
- Mas tu, ó Deus, nos abandonaste, perdeste a paciência com teu ungido. Rasgaste a promessa que fizeste, jogaste sua coroa na lama. Impediste a casa dele de reinar, reduziste sua cidade a um monte de entulhos, que é saqueada por estrangeiros. Irado te opuseste a ele na batalha, te recusaste a lutar a seu lado… Tomaste os melhores anos da vida dele e o deixaste impotente, arruinado.
Súplica pelo cumprimento das promessas de Deus (v.46-51):
- Por quanto tempo aguentaremos isso, ó Deus? Guardarás rancor para sempre? Lembra-te do meu lamento e de como a vida é curta. Criaste os homens e mulheres só para isso? Veremos a morte cedo demais. Todos verão… Onde está o amor que o fez tão conhecido? O que aconteceu com tua promessa? Olha para teus servos, Senhor! Sou alvo das piadas de todas as nações, ó Deus, enquanto eles perseguem os passos do teu ungido amado. Bendito seja o Eterno para sempre! Amém e amém.
O salmista parece levar no coração as reprovações de todo o Israel. Como Moisés, o salmista sentia que os fardos de todo o povo repousavam sobre ele, tanto que já não conseguia suportar o peso. Mas ele não perde a confiança no Deus Todo Poderoso e em suas promessas.