RADICAL X FIEL

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Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Apocalipse 2:10

Desde 11 de setembro de 2001, quando um grupo de terroristas coordenou o ataque às torres gêmeas, o tema do fundamentalismo religioso passou a ter enorme destaque na agenda mundial.

Diante dessa questão, precisamos ter em mente que não devemos generalizar ao fazer qualquer análise sobre a religião dos outros. Afinal, a atitude de alguns não pode ser colocada na conta de todos. Por outro lado, não há como ignorar o aumento do ódio mundial contra essas pessoas e suas organizações.

Todas essas barbaridades, além de provocar um sentimento de ódio, acabam lançando sementes para iniciativas futuras. A profecia nos indica que nos últimos dias outra vez haverá perseguição, condenação e morte em nome da religião.

Em meio a esse cenário, a confusão entre fundamentalismo e fidelidade se aprofunda. Hoje, os fundamentalistas são vistos como pessoas fiéis às suas crenças, porém de forma egoísta, fanática e desequilibrada. Já a fidelidade se manifesta em pessoas que não negociam princípios, mas também não os impõem aos outros.

O problema é que a fidelidade tem recebido o rótulo de fundamentalismo. Cada vez que alguém diz: “Estou disposto a perder meu emprego, um concurso ou um ano escolar para permanecer fiel às orientações de Deus”, surgem pessoas dizendo: “Cuidado com gente radical! É por causa dessas pessoas que o mundo está enfrentando todas essas crises.” A confusão acaba em discriminação contra quem simplesmente deseja exercer seu direito de ser fiel.

Quando olhamos para o exemplo de Cristo, temos uma visão perfeita de fidelidade e liberdade. Ele foi completamente fiel, mas para isso não apoiou o uso de armas, não buscou poder, não incitou luta de classes e não viveu para Si. Sua vida foi usada para demonstrar e compartilhar amor. Morreu por aqueles que não O amaram nem O aceitaram.

Precisamos seguir Seu exemplo e nos manter fiéis a toda prova, sem temer pressão ou discriminação. Contudo, vamos fazê-lo com respeito e amor, sendo um testemunho vivo da real diferença entre fundamentalismo e fidelidade.

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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